sábado, 14 de março de 2009

O caminho espiritual da matemática

A descoberta da filosofia se da quando o estudante descobre que a filosofia é uma relação mística com o UNO. Essa concepção espiritual da filosofia não é aceita na comunidade intelectual em geral, por estarem, acredito, em dormência profunda em relação ao interesse pela verdade do ser.

Porém, ha muitas pessoas que se deram conta disso, e se embrenharam no estudo do ocultismo, ingestão de alucinógenos para o contato íntimo como “Apheirón”.

Acredito que o ocultismo ainda é uma visão imatura da filosofia. Primeiro porque a filosofia por se caracterizar pelo transcendental já se preocupa com o desvelamento oculto dos ser, que se mostra e se vela ao mesmo tempo.

É somente com o estudo da matemática que se caracteriza como uma busca espiritual pelo ser. É ela o firme fundamento da contemplação mística do transcendental. A matemática é a analise das verdades eternas, dos postulados de origem divina que é para sempre, imutáveis em qualquer dimensão e tempo.

Não estou dizendo que o puro ato do estudo da matemática seja o todo em si mesmo. Não, não, mas sim, que o estudo da matemática deve ser inicial a todos os outros estudos. Porém, a matemática não deve ser tida como autônoma das outras áreas do saber, mas as outras áreas como desdobramento matemático.

Ciências exatas e ciências humanas:

O público acadêmico comete sempre o crônico erro de entendimento ao dizer que existe uma separação entre ciências exatas e ciências humanas. A meu ver, não há separação nenhuma.

As ciências exatas trabalham com aquilo que é dado no mundo, e as ciências humanas, as possibilidades do que é dado acontecer no mundo. Uma é a sustentabilidade da outra que analisa o que realmente é o mundo.

A matemática é a essência das duas, porém, não é uma ciência. Pode existir uma ciência que estude a simbologia matemática, algo quase gramatical, mas a ontologia matemática não é uma ciência, mas um estado de espírito.

A Unipresença de Deus:

Para deixar mais concreto minha exposição sobre a espiritualidade do estudante de matemática, mostro um exemplo muito interessante. Há um Deus dos homens. Mas se um ser extra-terrestre viesse ao nosso planeta, e um de nós perguntássemos “o Deus do alien é o mesmo que o nosso?” . Com certeza, pois no universo podem haver infinitos mundos e estrelas, infinitos acontecimentos. Mas não pode haver infinitos infinitos. O infinito é um só para todos no infinito. O infinito é um, é o UNO.

O ser alienígena que aparece diante de nós possui o mesmo Deus então, pois o nosso Uno é o mesmo Uno dele, as nossas verdades matemáticas são as dele também. A matemática é a relação com o UNO no qual qualquer criatura do universo pode acessar e adorar.

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