sábado, 27 de agosto de 2011

A felicidade







Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranquila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor

A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
e tudo se acabar na quarta feira

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar

A minha felicidade está sonhando
Nos olhos da minha namorada
É como esta noite
Passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo, por favor
Prá que ela acorde alegre como o dia
Oferecendo beijos de amor

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

E do Nada tudo surgiu


Certa feita estava dialogando com um cientificista sobre a origem do universo, e levantei a possibilidade da criação pelo verbo Divino:

- E Deus do nada tudo fez pelo verbo!
- Como assim do nada tudo se fez? Esse argumento religioso é falacioso, como do nada tudo apareceu? Até parece a história da carrochinha da arca de noé!
- Ué, não vejo problemas. Do nada e tudo se fez, e daí?

Quero comentar sobre isso devido ao grau de seu paradoxo. Do nada tudo se fez é um conceito da física quântica que nos remete inegávelmente ao conceito de eternidade, do incriado, do absoluto que eternamente pulsa.
Porém, saído da seara dos concentos temporais do que o eterno está vinculado, o tempo não é um pulsar eterno, sobre o prisma do ponto lógico. O tempo é uma degradação, uma fragmentação da eternidade. E quanto mais tempo, mais singular se torna o fragmento, constituindo a multiplicidade, o diferente.

Do nada tudo se fez. É impossível imaginar isso, mesmo que tal conceito seja válido. Enfim, o que seria o nada? Posso descrever um exemplo: Imaginemos o vácuo absoluto. Um recipiente onde não há abloutamente nada!!! Nem ar, nem pó de nenhuma espécie, sem nenhum tipo de interferncia eletromagnética. Nesse vazio total chei de nada não é ainda o "Nada", pelo simples fato de haver o espaço. O espaço é alguma coisa. O nada não tem espaço, e está fora das categorias do entendimento, está além do espírito.


quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Tudo infinitamente Nada

A Substância da realidade é emprestada do vazio infinito, o nada.

O que é o aparecer? Deduzir que ele é a natureza do tempo e do revelar transcendental é ao meu ver simplista demais, um clichê popular-acadêmico.

Donde, enfim, surge o tempo, esse transformar morfo-espacial modular sequencial entrópico? Como poderia haver tempo na eternidade?

No absoluto, no eterno no espaço infinito, as coisas apenas aparecem. Do nada tudo surge.

Disso acabam todas as perguntas. Não nos cabe mais entender, mas apenas aceitar.