sábado, 27 de agosto de 2011
E do Nada tudo surgiu
Certa feita estava dialogando com um cientificista sobre a origem do universo, e levantei a possibilidade da criação pelo verbo Divino:
- E Deus do nada tudo fez pelo verbo!
- Como assim do nada tudo se fez? Esse argumento religioso é falacioso, como do nada tudo apareceu? Até parece a história da carrochinha da arca de noé!
- Ué, não vejo problemas. Do nada e tudo se fez, e daí?
Quero comentar sobre isso devido ao grau de seu paradoxo. Do nada tudo se fez é um conceito da física quântica que nos remete inegávelmente ao conceito de eternidade, do incriado, do absoluto que eternamente pulsa.
Porém, saído da seara dos concentos temporais do que o eterno está vinculado, o tempo não é um pulsar eterno, sobre o prisma do ponto lógico. O tempo é uma degradação, uma fragmentação da eternidade. E quanto mais tempo, mais singular se torna o fragmento, constituindo a multiplicidade, o diferente.
Do nada tudo se fez. É impossível imaginar isso, mesmo que tal conceito seja válido. Enfim, o que seria o nada? Posso descrever um exemplo: Imaginemos o vácuo absoluto. Um recipiente onde não há abloutamente nada!!! Nem ar, nem pó de nenhuma espécie, sem nenhum tipo de interferncia eletromagnética. Nesse vazio total chei de nada não é ainda o "Nada", pelo simples fato de haver o espaço. O espaço é alguma coisa. O nada não tem espaço, e está fora das categorias do entendimento, está além do espírito.
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