sexta-feira, 25 de novembro de 2011
A necessidade do Ser, a amnésia
Essa consciência pura é inerentemente indissociável da cultura e meio em que vive. As categorias dessa faculdade, ou da mente, se desdobram em Id, Ego, super
Ego, Alter Ego etc. Esses atributos em conjunto definimos como memória, ética e consciência, e em um termo geral, em nosso caso, o Ser humano.
O Ser humano recebe o título de pessoa ao receber uma função social que o encaixa nas engrenagens sociais. Podemos dizer que “A pessoa” tem a mesma
dualidade com o Ser humano como esse tem em seu Sef e sua mente.
A relação do Ser humano(homem) no mundo através de sua pessoa se dá pela sua ação no mundo para satisfazer seu Self que germina a vontade pura. A vontade de
viver e a preocupação por sobreviver, busca pelo prazer,etc. Essa ação coletiva no mundo forma a sociedade e a cultura.A mente surge no momento de dor, tédio
e privação. Ela funciona para que o Self sobreviva e se manifeste em suas potências, e usa da pessoa, um símbolo coletivo que da mente usa para se comunicar
e agir. Assim se cria a história coletiva e individual, que gera ressentimentos e alegrias, que sugere as decisões dos homens para o futuro.
Diante da inclemência da natureza e às vezes a disputa brutal pelos bens do mundo, o homem se machuca e se ressente, muitas vezes impotente para se vingar e
retribuir o mal que sente ao seu agressor conforme as noções inatas de eqüidade.
A mente e sua história se tornam um mar de tristezas e infelicidades.
No filme “O Enigma de Kaspar Hauser” um homem adulto, passado dos quarenta anos, viveu solitariamente em completo isolamento social, não sabendo fazer nada
dos costumes, convenções e protocolos sociais, até os mais simples como falar, andar e sentar.
A moral desse filme em meu entendimento, é a problematização da mente dos homens, seus sofrimentos e glórias diante algúem que desconhece os bens desse mundo
como suas agruras para conseguilos. Também como a preocupação em sobreviver em um mundo de natureza silvestre.
A natureza do Eu puro é feliz, tem vontade pura. mas na manifestação da pessoa, acaba por acreditar em processos culturais que só sufocam o Self do que o ajudam. Por exemplo, na sociedade, estudar demais, se preocupar demais, ou seja, excesso de informação pode ser algo indigesto para a consciência e manter o
homem em rotinas sem sentido, em busca de coisas sem sentido devido a ressentimentos que muita vezes não tem sentido de ser.
O que é felicidade e sofrimento? Que o Sofrimento é uma particularidade da história de cada um que guarda um ressentimento. Esse pequeno Ego que gera excesso
de preocupações e conhecimentos para propósitos sem sentido com o coração é uma labeda de sofrimentos e angústias de privação do Amor. Sofrer é acreditar em alguns valores sociais que desacreditam as aspirações do Ser.
Podemos intuir que ser feliz é por muitas vezes é ter amnésia, esquecer das dores e impotências e perceber o quanto o Sef é feliz por sua própria natureza original. Esquecer, como se nunca tivesse conhecido o mundo, como Kaspar Hauser, é intuir que o homem é livre de seus bloqueios e crenças que não deve ser feliz, ter vontade e sentir a vida.
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Como viver quando a música acaba?
O verdadeiro mundo é a música. A música é o inaudito quando a ouvimos, pertencemos ao Ser. Assim Nietzsche a vivenciava. Era tudo para ele. Não deveria cessar nunca. mas ela cessa. e por isso temos o problema de como continuar vivendo quando a música acaba.
Rüdiger Safranski; (Nietzsche, Biografia de uma tragédia)
terça-feira, 22 de novembro de 2011
O Homem Insuficiente
G. Bernanos
Fragmento retirado da pré-intrudução do livro O Homem Insuficiente, de Luiz Felipe Pondé.
domingo, 20 de novembro de 2011
A formação da idéia do Estado constitucional russo e a crítica de Dostoiévisky
Segundo o filósofo e professor Luiz Felipe Pondé que realizou estudos em Dostoievisky, esse autor só pode ser compreendido em sua intimidade se meditarmos no sentido da teologia. Faço nesse textos algumas consideraçoes próprias acerca de Pondé, Dostoievsky e a história:
Com o crescimento da burguesia e a riqueza que produzia, o Czar e a nobreza virão uma boa chance de tirar o atraso da Rússia feudal a um padrão mínimo da idéia da cultura ocidental. A partir desse momento, o país contraiu muitos empréstimos da Alemanha e da Inglaterra para a formação de um parque industrial, construções de ferrovias e usinas de eletricidade. Nesse ínterim da influencia política dos liberais, pleiteavam por um Império constitucional, como nos moldes da Inglaterra em seu país governado por um Czar Absolutista.
Também surgiu movimentos revolucionários camponeses no qual Trotsky fazia parte na juventude e movimentos anarquistas do qual Lênin participou também na juventude. Esses movimentos, que lutavam por inúmeras causas sociais inclusive aquelas acreditadas por Marx em seu manifesto Comunista.
Essa efervescência cultural criou uma série de artistas, por exemplo, se manifestou em Dostoievisky, que criticando o espírito revolucionário por considera-lo estúpido por ser promovido por intelectuais que atuam em pensamentos que mal-digeriram para transformar uma sociedade em princípios que eles acham o mais conveniente para superar o sofrimento da trama da vida ao qual consideram o cristianismo como o respnsável pela alienação ao sofrimento do mundo. Dostoievisky diz que esses pensadores separam o homem da natureza, dotando-o de um constante ressentimento e a uma vida sem sentido de viver e sem valores transcendentais a que recorrer e descansar a alma.
A moral dos cristãos aposteriori a ética estóica em Roma antiga
Começo com Epicuro, pois o considero um autor negligenciado na história da filosofia mas de excelsa importância na compreensão da estrutura metafísica da ética. Epicuro acreditava que a filosofia somente poderia ser feita entre amigos verdadeiros. Por isso os encontros eram reservados em que se acreditava que num embate dialético, somente filósofos naturais e amigos verdadeiros poderiam ser honestos consigo mesmos e com o próximo ao travar a natureza da verdade. Não importava que ganhe a discussão, mas sim que a verdade triunfasse.
Epicuro e seus discípulos que perduraram sua escola por vários séculos acreditavam na felicidade. O home é feliz por natureza. Nasce feliz, e no sofrimento que descobre na sua jornada desse mundo, tenta se afastar dessa dor e sentir sua legítima essência feliz. Ser feliz é aceitar o belo e o bom, a essência do cósmos que formou o Ser. Ser feliz é praticar a virtude para que a felicidade não se extravie com os vícios, a escravidão dos sentidos que afasta a virtude, promove solidão, mentira, privação ressentimentos e conseqüentemente dor e sofrimento de todas as ordens.(Uma breve inserção: o filósofo Rousseau vai discutir a natureza da felicidade e a virtude e a origem do vício no seio de uma comunidade originado pelas diferenças intrínsecas que causaria inveja e ciúmes reprimidos dos mais desprivilegiados na casta burocrática gerando sentimento de posse.)
Os estóicos romanos vão beber na fonte da ética grega do qual em suas vertentes são os epicuristas, os estóicos gregos, os cínicos etc. O homem busca a felicidade e a realização, busca aumentar sua potência diante de um mundo que prova impiedosamente sua força vital e paciência.São nesses postulados que os estóicos romanos vão tentar aplicar em suas leis e moralpara a coesão de sua civilização que nasce e se expande.
Antes de entrar na problematização da filosofia do direito romano, tentarei aqui encontrar alguns dos postulados metafísicos da praxis estóica.
Cícero, senador romano era um filósofo estóico. Observava entre seus conterrâneos alguns vícios de comportamento. Via que quanto mais rico era um homem, mais exposto a frustração estava, e logo a reações ansiosas e ou violentas quando era rejeitado ou fracassava em uma questão que projetava importante. e as pessoas mais simples ou os mais desapegados aos bens materiais, tinham mais paz diante das adversidades.
O homem nasce feliz e bom. Sua essência desce do mundo superior atemporal, onde aqui no mundo, sua imagem no mundo das idéias ganha a faculdade do tempo. estar no tempo é ser violentado pelas forças da multiplicidade do mundo dos entes sob o tempo. Forças que disputam entre si ou colaboram contra outros grupos em busca da expansão de sua liberdade de efetividade de vida num mundo por sua natureza de privação, ou seja, a natureza do tempo, a natureza desse mundo,O homem na angústia do desejo, faz projetos para a vitória. inventa a partir disse, sociedades, técnicas, instituições e guerras, e teme os infortúnios dos desastres naturais, que das mesmas invenções tenta proteger seus projetos e o que foi conquistado de bens que lhe causem prazer e sensação de abundância de vida.
Entretanto, na sociedade, com leis que ordenem a sociedade, o homem não tem paz, sempre preocupado em perder o que conquistou ou conspirando para ter aquilo que remoe de suas angústias e frustrações. Então, ele descobre leis de moral superior, espirituais que estão além das leis que regem o mundo financeiro ou do trabalho. Essas leis ensinam que pela ambição intensa surgido pelo medo ou pela gula e luxúria os homens tornam-se violentos quando seus projetos são frustrados. E suas vidas são um poço de tormentosquando assolados por aquilo que não podemos evitar, que estão além das nossas forças. Os desastres naturais, a imprevisibilidade do futuro e a morte.
Os estóicos ensinam que o homem para ser feliz, deve se apartar da dor que ele mesmo cativa com as coisas mundanas. deve reconhecer que não é escravo desse mundo, e reconhecer que é muitas vezes fruto do ocaso, que não adiante se culpar e culpar os outros por forças que estão além de nós.
A filosofia estóica é dirigida ao Estado, a manutenção e a purificação da sociedade de seus vícios, diferenciando-se dos epicuristas que se encontravam reservadamente. São a natureza das leis superiores, clausulas pétreas que são mantidas pela virtude(dever, lealdade, honestidade, equidade).
Com as conquistas romanas, a riqueza, a soberba e a depravação aumentam na sociedade. Elas surgem em antagonismo aos ensinamentos das tragédias dos mitos que corrigem a conduta humana diante seus conflitos e angústias, no qual a saciedade do desejo de viver está na depravação, violência e brutalidade, conquista indiferente a morte de muitos. A decadência da moral e a degeneração social sucumbem em crimes dos mais diversos como abuso de poder, morticídio, perda da amizade e amor, mentira e engano, escárnio e brigas e esfacelamento da memória que guia o individuo e o coletivo das relações de equidade e fraternidade. A sucumbência portanto surge com a excessiva riqueza e a luxuria, que por sua vez, corrompe a sociedade em subornos chantagens e politicagens para a manutenção desse status quo.
Entre os estóicos, de certa forma é reconhecido a decadência da sociedade como uma força cíclica movida por paixões descontroladas devido a impotência em relação ao sentir da dádiva da natureza, uma desconexão com a natureza essencial feliz e a inconformidade alucinada em relação a sua situação. Não se pode conter as forças cíclicas da sucumbência. As paixões doentias, originadas por uma própria relação metafísica polarizada das categorias do Ser, é um ingênua concepção das forças cósmicas resolvidas apenas pela rebeldia imediatista contra a natureza inexorável e crua do tempo.
A força dos cristãos entra em cena em Roma quando as autoridades pagãs não tem mais a confiança de uma grande parcela do povo que se vê perplexo diante a imoralidade. Acreditam e sentem nos ensinamentos virtuosos do evangelho do Cristo, uma força alentadora e esperançosa de religar a alegria da alma e a aceitação dos inevitáveis infortúnios da vida. O Cristianismo representa o que é mais antigo e valorizado nas entranhas mais profundas das leis espirituais romanas, que desacreditado de seus deuses soberbos e hipócritas, a serena paz e promessa de salvação a um mundo onde a verdade limpará a força do mal, para que se possa existir num "outro tempo" onde não haja a morte e nem outras forças violentamente poderosas na natureza selvagem.
Ao analisar o pensamento de Nietzsche que dizia ser o cristianismo uma filosofia dos escravos, uma manifestação de se ódio estéril contra os fortes e poderosos e os principais responsáveis pela perda de vigor da força do império, contrasto com essas considerações que usei também defendidas por Dostoiéwiski, e de certa forma Kierkegaard É claro que esse pequeno texto não representa as consteção do assunto sobre ética, onde centenas milhares de páginas são escritas e discutidas.
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
A relação intuitiva da alma com a moral
Essa idéia é criticada principalmente entre alguns filósofos e sociólogis do pensamento contemporâneo, onde consideram a moral uma construção histórico social.
Tenho relutancia com a interpretação desses autores devido a considerações metafísicas no qual o próprio Nietzsche levanta no seu conceito de Eterno Retorno.
Ora. Tudo volta a acontecer, tudo já foi e será para sempre. Essa visão cíclica de Nietzsche atordoando a visão escatológica judaico-cristã alicerçada em dogmas e supertições do que a verdade espiritual propriamente dita.
O que eu quero dizer é que a alma, ou melhor, o indívíduo, por exemplo, eu mesmo, ou tu, é uma entidade formada por forças que nos afzem como cultura, espaço e matéria que por sua vez são feitos de outras entidades. Mas essas entidades que compôe outras entidades e mostrando o seu sentido a faculdade da razão é por sua vez sentida por categorias como peso, cor, tamanho, forma, densidade, temperatura etc.
No universo, há um número finito de categorias que formam o ser. Por exemplo, quantas formas de combinação podem se alternar a sério A,B,C,D? Ora dezesseis vezes: B,A,C,D ; C,A.B,D etc.
Logo, nós, ou, eu e tu, esse computador, somos formados por série dessas categorias. Esse computador por exemplo: é quadrado, é preto, é duro, liso, tem um peso de uns 4 quilos e um sentido captado pela minha razão que é computar dados.
Logo, nós somos assim. Mesmo que venhamos a morrer, nossa idéia permanesse no abstrato por toda a eternidade voltando a ser no tempo.
E mais, se somos eternos quanto imagem. Estivemos em todas as dimensões morais do universo. Conhecemos o mal e o bem. Conhecemos a perfeição. e nossa condição nessa vida é de esquecimento da verdade contemplada na eternidade.
Nós podemos nos aperfeiçoar, não numa questão apenas de evolução, mas de uma forma de aprender intuitivamente da eternidade a moral. Logo, pela inspiração espiritual podemos nos tornar perfeitos ou sentir o que os homores de nossa intimidade, atravéz da meditação, conduzir nossa vida ao rumo da existencia.
Só queria dixar claro que não digo que existe um ponto de chegada, pois como haveria um ponto final no infinito. Pela minha intuição, na nossa jornada intuitiva das reminiscencias da perfeição, o que vale é a trajetória vivida, sentindo cada humor, cada inspiração que nos revela dimensões associadadas a reminiscencia eternamente vivida.
Acredito que esse último paragrafo possui sentido ontológico se analisarmos o conceito matemático dos fractais. Como se puzessemos dois espelhos de frente e vissemos os infinitos reflexos deles mesmos. Isso é um fractal e os desdobramentos da reminiscencia e nosa relação intuitiva com Deus.
terça-feira, 25 de outubro de 2011
O Rei Midas e sábio Sileno
Segundo o filólogo e filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844 - 1900):
"Reza a antiga lenda que o rei Midas perseguiu o sábio Sileno na floresta, durante longo tempo, sem conseguir apanhá-lo. Quando, por fim, ele veio a cair em suas mãos, perguntou-lhe qual dentre as coisas era a melhor e a mais preferível para o homem. Obstinado e imóvel, calava-se; até que, torturado pelo rei, prorrompeu finalmente, por entre um riso amarelo, nestas palavras: - Estirpe miserável e efêmera, filhos do acaso e do tormento! Por que me obrigas a dizer-te o que seria para ti mais salutar não ouvir? O melhor de tudo é para ti inteiramente inatingível: não ter nascido, não ser, nada ser. Depois disso, porém, o melhor para ti é logo morrer"
(Nietzsche, O nascimento da tragédia).
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Poemas escolhidos
Os Versos que te fiz
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem pra te dizer!
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim pra te oferecer.
Têm dolência de veludos caros,
São como sedas pálidas a arder…
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer!
Mas, meu Amor, eu não tos digo ainda…
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz!
Amo-te tanto! E nunca te beijei…
E nesse beijo, amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz!
(Florbela Espanca)
Desassossego
Assim, não sabendo crer em Deus, e não podendo crer num humanismo racional, fiquei, como outros da orla das gentes, naquela distância de tudo a que comumente se chama a Decadência. A decadência é a perda total da inconsciência; porque a inconsciência é o fundamento da vida. O coração, se pudesse pensar, pararia. A quem, como eu, assim, vivendo nã0 sabe ter a vida, que resta senão, como poucos pares, a renúncia por modo e a contemplação estética por destino? E assim, alheio à solenidade de todos os mundos, indiferente ao Divino e desprezadores, entregamo-nos futilmente à sensação sem propósito.
(Fernando Pessoa)
sábado, 27 de agosto de 2011
A felicidade
Tristeza não tem fim
Felicidade sim
A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranquila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor
A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
e tudo se acabar na quarta feira
Tristeza não tem fim
Felicidade sim
A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar
A minha felicidade está sonhando
Nos olhos da minha namorada
É como esta noite
Passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo, por favor
Prá que ela acorde alegre como o dia
Oferecendo beijos de amor
Felicidade sim
E do Nada tudo surgiu
Certa feita estava dialogando com um cientificista sobre a origem do universo, e levantei a possibilidade da criação pelo verbo Divino:
- E Deus do nada tudo fez pelo verbo!
- Como assim do nada tudo se fez? Esse argumento religioso é falacioso, como do nada tudo apareceu? Até parece a história da carrochinha da arca de noé!
- Ué, não vejo problemas. Do nada e tudo se fez, e daí?
Quero comentar sobre isso devido ao grau de seu paradoxo. Do nada tudo se fez é um conceito da física quântica que nos remete inegávelmente ao conceito de eternidade, do incriado, do absoluto que eternamente pulsa.
Porém, saído da seara dos concentos temporais do que o eterno está vinculado, o tempo não é um pulsar eterno, sobre o prisma do ponto lógico. O tempo é uma degradação, uma fragmentação da eternidade. E quanto mais tempo, mais singular se torna o fragmento, constituindo a multiplicidade, o diferente.
Do nada tudo se fez. É impossível imaginar isso, mesmo que tal conceito seja válido. Enfim, o que seria o nada? Posso descrever um exemplo: Imaginemos o vácuo absoluto. Um recipiente onde não há abloutamente nada!!! Nem ar, nem pó de nenhuma espécie, sem nenhum tipo de interferncia eletromagnética. Nesse vazio total chei de nada não é ainda o "Nada", pelo simples fato de haver o espaço. O espaço é alguma coisa. O nada não tem espaço, e está fora das categorias do entendimento, está além do espírito.
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Tudo infinitamente Nada
O que é o aparecer? Deduzir que ele é a natureza do tempo e do revelar transcendental é ao meu ver simplista demais, um clichê popular-acadêmico.
Donde, enfim, surge o tempo, esse transformar morfo-espacial modular sequencial entrópico? Como poderia haver tempo na eternidade?
No absoluto, no eterno no espaço infinito, as coisas apenas aparecem. Do nada tudo surge.
Disso acabam todas as perguntas. Não nos cabe mais entender, mas apenas aceitar.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
O anti-Édipo
Vou comentar em brevíssimas linhas uma sinopse do que entendi numa leve analise do pensamento de Deleuze em seu livro "O anti-Édipo"
Deleuze problematiza freud, onde este acreditava ser o fetiche uma expressão neurótica das privações e repressões dos pulsos organicos. Em Deleuze, os fetiches que na historia da humanidade se arquetipa na figura do sagrado, não um problema, mas uim potencializador de encontros. Ele fundamento isso, acredito, no postulado de nós seres humanos, como toda outra criatura, sermos seres de privação na matéria, ou seja, seres desejantes que quer no outro interagir para em si se envontrar e se conhecer. Esses encopntros são agenciados por figuras simbólicas de objetos de desejos até mesmo indiretos, pois até mesmo a sexualidade possui um grau de privação na matéria mesmo que fosse totalmente escancarada.
Ou seja, a vida do home m, a procura por intensidades e encontros é detrerminada pela própria imaginação humana, suas fantasias surgidas pelos seus próprios desejos privados de satisfação. Assim é o desejo, infinito e a satisfação transitória. É a imaginação que forma o ser no mundo, que modela as composiçães humanas, que conduzem a descoberta transcendente do ser.
Por isso os seres humanos inventam tudo pela sua imaginação. Sociedades, organismos, clubes, times, festivais, políticas, religiões etc. As fantasias sempre estaram inegavelmente com o homem moldando a relação entre os sujeitos em busca de intensidades.
"O menor ponto entre dois pontos distantes não é uma linha reta." Einstein
Einstein só poderia afirmar uma coisa dessa rompendo com a a lógica euclidiana do tempo linear, contínuo e absoluto. Euclides falava mais das formas geométricas para considerações do espaço. O tempo é uma forma intuitiva a priori. Logo, para Euclides, a menor espaço entre dois pontos é uma linha reta.
Na lógica não euclidiana, o menor espaço entre dois pontos se da quando o objeto de um ponto A desaparece e aparece simultaneamente no ponto B sem gasto de tempo no espaço. Só assim Einstein poderia afirmar tal preceito que se sustenta no postulado de que tempo não é linerar, contínuo e absoluto, ele é relativo, bem como tempo e espaço são a mesma coisa. Ora se para o objeto de A ir para B sem gasto de tempo no espaço, se conclui que tempo e espaço possuem os mesmos atributos, ou seja, o espaço se curva e não o tempo que corre. Louco não?
Não sou verdado em teoria da relatividade, mas isso tem me contribuído noutra questão que andei pensando sobre nossa relação de intensidade com o universo. E quanto mais intensidade, mais energia, mais o tempo passa devagar, capaz de curvar o espaço.
A luz, pelo que enyendi em Einstein, é a única entidade que se mantém absoluta. Ela transita entre pontos de tempo direrente mas não mudando sua velocidade perante os observadores referenciais de A e B.
Ainda temos muito a considerar no universo. Eu sinto muito que a ciência despreza as questões metafísicas. Tenhamos humildade de reconhecer que nossa relação com o Infinoto não pode ser temporal, mas misteriosamente de intensidades, de energia vital que nos move, recebendo-a como uma dádiva divina. Amamos, tornemos o AMor a intensidade vital da existencia promovendo gozo recíproco. Eis o verdadeiro contato com a substância suprema, que muitos chamam Deus, Uno, Tao, Tupã, etc
Meditem sobre isso amigos, é importante.
paz
Rafão
sexta-feira, 11 de junho de 2010
O não pensado
O pensamento pensa apartir do não pensado
se naõ fosse o nao pensando, como pensar além da finitude?
Pensar a finitude implica chocar-se com seu limite
o pensamento debate-se contra seu limite asim como apresa nas garras de seu predador inclemente
a expereiencia do pensamnto jogando-se contra o seu limite denomina-se tempo pelos mortais.
Assim, recuperemos em nós o que há de bom ainda nas ruinas da razao
assim como se faz tursimo as ruinas gregas
façamos incursoes nas sobras dos templo da razao
Luiz Manoel Lopes
sábado, 22 de agosto de 2009
As origens do Feudalismo
O Feudalismo irá existir como instituição no Sagrado Império até seu colapso institucional após a guerra dos 30 anos, e mantendosse em seu muribundo governo no chamado Império Austro-Húngaro tendo a confederação Germânica ao norte(ainda em estado feudal) emancipado devido a unificação alemã promovida pelo governo da Prússia, como também na Itália e Rússia, no que importa na Europa. Nas demais nações européias, o feudalismo acabou devido as reformas burguesas e a instauração contínua do liberalismo Laíz-faire, até sua grande crise de 1873 onde os fundamentos burgueses são questionados em suas bases e a formulação de reformas reacionárias de antigos contratualistas absolutistas.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Os intelectuais tem vergonha de falar de Deus
Se você começa a falar de Deus, das escrituras reveladas e dos santos devotos de Deus, esses intelectuais ateus parecem ficar envergonhados de ouvir essas descrições. Ou seja, é difícil abordar um intelectual para falar de Deus, principalmente em público.
Além do ateísmo fomentado por séculos por uma teologia elementar com base na leitura superficial da escritura judaico-cristã, o próprio religionismo ocidental falhou em atrair a mentalidade de pensadores mais profundos do que a regra geral da sociedade humana.
Por isso, temos hoje em dia pregadores do ateísmo, como o biólogo darwinista Richard Dawkins, autor do livro “Deus, um delírio”. Isso porque o raciocínio racional da mentalidade científica consegue oferecer uma visão aparentemente real do universo e de toda a criação que investigam com seus instrumentos de aumento e aproximação cada vez mais sofisticados.
O fato é que, diante dos descalabros praticados por séculos em nome da religião, em nome dos “profetas” e “messias”, os homens dotados de uma mente mais aberta e uma inteligência questionadora acabam por se afastar do religionismo predominante no Ocidente. Alguns deles, inquietos com a percepção subjetiva de que “tem” de existir um ser superior pensante por trás do complexo, refinado e inteligente design cósmico, um Criador para todas as coisas extraordinariamente perfeitas que encontram em sua observação micro e macroscópica do mundo material, acabam por ir procurar uma experiência religiosa em outras doutrinas místicas que sobreviveram à tirania da igreja romana exercida no Ocidente por séculos com mão de ferro e muitas fogueiras e cruzadas assassinas.
A visão do mundo por alguém que está dentro do mundo, a a visão daqueles que conseguiram abrir a porta que leva a consciência humana a transcender os limites do material e adentrar nos planos de consciência puramente espirituais.
E mais, trata-se da visão do ponto de vista do próprio Criador. Para compreendê-la, precisamos compreender como funciona a consciência de Deus, ou Consciência de Krishna. Desde esse ponto de vista original, os conceitos e verdades dos textos védicos assumem proporções inimagináveis para a mente humana. Sim, com o que a mente humana pode nos oferecer, ficamos limitados a um campo muito restrito e condenados a uma visão inferior da realidade como um todo —isso porque os sentidos materiais de percepção da realidade são muito imperfeitos e limitados no escopo da percepção. Quando obtemos a consciência de Krishna de um devoto puro dEle, tornamo-nos capazes de enxergar a Criação do ponto de vista do Criador.
Ao tentarmos nos aproximar dos Vedas, estamos nos dirigindo ao infinito. Nós somos finitos e não temos vergonha de pensar que oferecendo apenas um pedacinho de nossa finitude estaremos tentando obter o infinito?
O intelecto humano é limitado ao extremo e não serve como ferramenta para abordarmos o que se situa além da sua própria capacidade cognitiva.
“O Infinito não seria infinito se não pudesse se dar a conhecer ao finito”, também nos ensinou Srila Sridhar Maharaj. Assim, é o infinito e não nós, seres finitos, quem decide a quem vai se revelar. Não podemos entrar como penetras no plano do infinito. Mas se ele nos escolher e desejar que o vejamos e compreendamos, isso não poderá deixar de acontecer.
Krishna é o Deus Infinito e Ele decide quando e a quem Ele deseja se dar a conhecer. Este argumento é indiscutível. O Senhor Supremo Se reserva o direito de só Se dar a conhecer àqueles que se aproximam dEle com afeto, amor, ou seja, com os olhos untados do unguento do amor (premanjana chchurita bhakti vilochanena...)
Depois dessa experiência, os intelectuais que obtiverem a Consciência de Krishna só sentirão vergonha de uma coisa: de ter sido tão ignorantes negando a grandeza da experiência religiosa transcendental.
http://www.bhuvana.com.br/www.bhuvana.com.br/cartas/Entries/2009/6/29_Vergonha_de_Deus_-_Bhuvana_Mohandas.html
O FARDO -OSHO
A verdade não precisa ser conquistada. Ela não pode ser conquistada, pois já está aí. Apenas a mentira é que precisa ser descartada. Todos os anseios, propósitos, ideais e metas, todas as ideologias, religiões e sistemas de aperfeiçoamento, de melhoramento, são mentiras. Cuidado com tudo isso. Reconheça o fato de que do jeito como você é agora, você é uma mentira, resultado de manipulação, produzido pelos outros. A busca da verdade é de fato uma distração e um adiamento. É a fórmula encontrada pela mentira para disfarçar-se. Olhe a mentira de frente, examine a fundo a falsidade que é a sua personalidade. Pois encarar a mentira é parar de mentir. Deixar de mentir é desistir de buscar alguma verdade - não há necessidade disso. No momento em que desaparece a mentira, ali está a verdade em toda a sua beleza e esplendor. Encarando-se a mentira ela desaparece, e o que fica é a verdade.
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Inscrição do templo de Delfos
Tu! Que desejas sondar os arcanos da Natureza, se não encontras dentro de ti aquilo que procuras... tampouco o poderás encontrar fora.
Se ignoras as excelências da tua própria casa, como poderás encontrar outras excelências?
Em ti se encontra oculto o tesouro dos tesouros!
Homem!... Conhece-te a ti memso e conhecerás o Universo e os Deuses.»
sexta-feira, 3 de abril de 2009
O mito de Adão e Eva em relação a reminiscência platônica
Entre os comentadores de filosofia e mitos, é comum dar uma explicação superficial e até esteorotipada e até enciclopedicada do sentido de um mito, fazendo se perder o sei ideal. O mito é uma explicação profunda e ideológica pelo sentido do sers da existência e sua finalidade axiomática, porém imaturamente sem o logos.
O mito de Adão e Eva contido no livro de Genesis, na bíblia, é um dos mitos mais incompreendidos ontologicamente, seja sendo simplificado demais pelos religiosos sem muitas preocupações metafísicas e fundamentais ou negado e ultrajado pelos céticos e ateus de carteirinha.
Vou tentar aqui expor conforme minha intuição, entender o significado desse mito de proporções místicas de quase teor filosófico na proposta de felicidade e realização sincera da humanidade.
O mito
Deus, a pura força espiritual, a Consciência Suprema, retira de si mesmo o Verbo e fez a luz. Depois disso, os demais entes foram criados e por fim o homem, ser muito importante dessa criação do qual Deus fez fecundando com seu sopro o barro da terra.
Deus fez a mulher ao homem para que esse não ficasse só, pois o homem, imagem e semelhança de Deus, necessitava de uma mulher para fecundar como Deus fizera com a terra concebendo a Adão.
Tudo era perfeito nesse mundo, e Adão e Eva viveram de forma plena no ápice da comunhão com Deus e nirvana. Deus é feliz por sua criação que recebe seu amor e se sente feliz também por isso.
Mas uma coisa havia no jardim da perfeição, o Éden, que era a sabedoria do bem e do mal.
O mal é um Elemental que existe entre os digestos de Deus, razão no qual a mente das criaturas não podem entender o porque de sua origem, como não podem entender a própria origem da pleni-existência de Deus.
Deus advertiu a Adão que não comesse do fruto senão certamente morreria. O conhecimento do mal, então, era a morte. A morte que é má é um elemento necessário a manutenção temporal do universo, no qual Deus reservou o homem puricidado dos seus efeitos somáticos no devir cósmico.
Eva seduzida pela serpente, sugerindo uma ilusão de que ao conhecer a morte, não morreria de fato, mas seria igual ao Eterno, prova do fruto e lhe dá a Adão desfrutar de seu mortal sabor.
O homem então, primeiramente morre em seus sentimentos de união com Deus, onde os dois se escondem e sente vergonha. Adão, com o sentimento de culpa que lhe esconde a felicidade de si mesmo, diz a Deus:”foi a mulher que me destes.” Num ato de blasfêmia e inverdade contra o criador.
A morte logo atinge seu segundo estágio no homem. O Éden se torna estéril, pois a morte atinge a capacidade do homem sentir a perfeição e dela colher frutos divinos. É morte espiritual onde o homem morre para a plenitude do paraíso para ter agora que trabalha para viver, sofrer para vencer a morte, o mal que ele é conhecedor inconteste.
O terceiro e último estágio é a morte do corpo, onde Adão e Eva esgotam o animus diante do mal e voltam ao pó de onde vieram, anteriormente feitos para viverem para sempre.
Ontologia do mito
O poético canto do fruto do bem e do mal do jardim do Éden tem uma equivalência arquétipa com a filosofia de Platão, como no Mito da Caverna, e a teoria da reminiscência, como no rio Lethes, do Hades, na mitologia grega sobre a transmigração das almas, obtida os cultos órficos-pitagóricos que vieram a influenciar a Platão.
A alma que transmigra e reencarna, bebe ou não da fonte do rio Lethes que faz esquecer de si mesmo aquele que o ingere. As pessoas que bebem da fonte são aquelas dominadas pelas paixões idólatras, pois quando a dor e o desespero de existir não é superado devido a dor gerada pela paixão frustrada ou perdida, preferem esquecer e recomeçar tudo, ignorando a perfeição e o aprendizado com seus próprios erros.
Os que preferem uma vida serena e de auto-descoberta transcendental nos infinitos mundos que se sobrepõe, a alma não toma da fonte do esquecimento, preferindo a verdade, a idéia, o não esquecimento(Alethéa), reencarnando com entendimento sobre o verdadeiro sentido de existir, adquirido na contemplação do ideal perfeito revelado no Hades.
Voltado aos hebreus, quando Adão come do fruto, ele decai, ele se esquece de como ser feliz devido a sua culpa e também a morte que traga.
A morte é entrópica e irreversível. Ela é o mal absoluta que tira todas as esperanças de se viver em plenitude. O homem não pode amar intensamente sua vida por medo de perde-la em algum sinistro da vida, como a velhice, e atormentado pelo medo, o amor para com a mulher não se torna sublime como outrora, onde o orgasmo não mais alcança seu ápice ao infinito.
No mito hebreu então, estar nesse mundo onde agora o homem precisa trabalhar para retardar a morte e extrair a escassa felicidade, é o mundo do esquecimento, no qual Deus, sendo a vida, chama ao homem lhe dizendo seu projeto de fazer com que o homem relembre ser feliz, relembre como deixar fluir a totalidade de sua vontade sem culpa ou apego a algum ídolo que substitua o sentido ideal de ser , relembrando que somente amando a Deus que é eterno, a morte não o vencerá, usando da própria sabedoria adquirida agora, porém de modo reverso, na procura de reconhecer a vida, provar do bem e felicidade esquecida, e se deixar fluir novamente com a presença divina que lhe tira o sentimento de culpa, o medo da morte e a liberação total no alcance do prazer divino.
Por todos esses elementos expostos, que eu acredito ser o mito de Adão e Eva um mito místico transcendental de profundo sentido esotérico, mostrando que a felicidade, como dizia Platão, não está somente na sensibilidade da percepção aparente no qual não mostra o realidade do ser, mas num alcance transcendental ao ideal supremo.
Não temos a contemplação perfeita do Ser devido as paixões idólatras que conhecemos sob o fruto da morte, que por sua natureza sedutora, por seu mistério, conduz ao homem a experiências cósmicas antecipadas, inesperadas e fatais.
O mito, tentando demonstrar a natureza do sofrimento de existir, não o faz de forma tosca e supersticiosa, mas nos envolve em tal conjuntura de sentimentos que de forma verdadeira, demonstra simbolicamente que a natureza do sofrimento humano está no esquecimento do transcendental, no desprezo pelo auto-conhecimento, no apego a idolatrias que são meias verdades porém sedutoras por seu mistério, muitas vezes oculto pelo fato do homem decaído ser esquecido do perfeito ideal.
Zoomorfismo
No gênesis, a serpente não é apresentada ao leitor como um espírito mal. Se fosse, ela seria desde já nomeada como Satanás, inimigo lendário na saga bíblica. Mas porque tal zoomorfismo no relato poético da bíblia?
Ora, eu entendo ser uma questão de períodos históricos no qual o povo hebreu vivenciou. Esse povo é natural da Mesopotâmia, onde os hebreus praticavam o culto a vários deuses, porém, sendo com Abraão, conforme a bíblia, o apego ao monoteísmo.
Foi Moisés quem escreveu o Pentateuco, e acredito, fazendo as devidas depurações dos entes mitológicos de seus primos semitas. Porém, o arquétipo da serpente é uma evidencia de que os hebreus possuíam em sua origem remota, as mesmas crenças que o zoodíaco Sumério.
Uma outra evidência é a própria presença do calendário zoodíaco para marcar as eras do povo hebreu. Por exemplo:
Adão e Eva representam o signo de Gêmeos, onde esse ciclo termina com Caim e Abel e iniciando na ordem do calendário, a era de Touro. A era de Touro termina com Moisés e com a lei dos Dez mandamentos, onde o bezerro de ouro decai no abismo marcando seu fim. Iniciasse então a era de Áries ou carneiro, onde Deus revela os rituais de expiação dos pegados no sacrifício do carneiro no Tabernáluco do Senhor.
A era de Áries termina com Jesus Cristo, o cordeiro de Deus que morreu por nossos pecados. Inicia se então a era de peixes. O símbolo do cristianismo é o peixe, como Pedro, o pescador de homens.
E por último Aquário, onde ciclicamente viria o Senhor Jesus julgar as nações e arrebatar os eleitos para viverem imersos na plenitude do paraíso. Aquário é representado por um homem que derrama água de um tipo de balde ou jarro. Isso pode ser associado com o derramamento da ira de Deus.
quarta-feira, 1 de abril de 2009
A vontade, a ética e o ideal
O homem possui vontade. A vontade não pertence a razão, mas é um pulso cósmico no qual nossa consciência é seu invólucro.
A vontade é infinita, pois todos os objetos de seu alcance possuem a pergunta do porque de serem desejados. A vontade nunca para de querer. Logo, a vida do homem é uma angústia constante de desejo.
Mas o que é vontade propriamente dita? Parece ser um termo um pouco difuso para conceitualizar essa pulsação cósmica.
Eu entendo que o homem tem vontade de prazer, vontade do ápice do prazer, o orgasmo. Essa é a natureza da vontade que pulsa a direção do homem em busca de suas realizações, e por conseqüência a civilização como contrato social.
Mas a vontade pura, é selvagem e egoísta e sem o devido freio suas paixões devastam o seu meio ambiente. Pois é assim o mesmo vida na floresta, ordem não há e os animais vivem caçando uns aos outros, não há provisões, não há paz nem lei que garanta a vida. As plantas disputam freneticamente o espaço ao sol, sobrevivendo os mais fortes até que esses sejam derrotados. Não há tranquilidade na selva senão morte constante.
Entre os homens, através de sua consciência, determinaram a moral,ética e a lei como institutos de limite da vontade individual em favor da vontade coletiva.
Assim nasce o princípio de eqüidade, de justiça, do direito, onde essa cultura organiza a sociedade limitando numa justa medida o impulso da vontade.
A questão de vontade e lei é amplamente trabalhada na filosofia e no direito propriamente dito, sendo a ética e sua variante e a política onde se discute a validade e a efetividade da ética, moral e a lei, determinando a organização do trabalho na sociedade, do trato pessoal com os outros e com o coletivo etc.
A partir disso chego numa questão elementar da metafísica da étic,a que é o ideal. Ele é o ápice do tratado político que trata sobre a ética sobre como a sociedade poderia se organizar para alcançar a felicidade suprema, o Sumo bem. Qual o ideal para se viver? Ao relembrar Platão, podemos ter um conceito do que seja o ideal na alegoria do mito da caverna que todos já devem saber do que trata.
Platão diz que o ideal é algo perfeito e que está dado no universo, senão efetivamente está abstratamente no mundo dos ideais. Esse mundo é perfeito e belo matemáticamente falando. Seus parâmetros são eternos e universais.
Porém, os homens em geral não contemplam a natureza ideal do cosmos, vivendo apenas no mundo das aparências imperfeitas, não se perguntando pelo perfeito. As pessoas não vivem a plenitude de sua vontade, mas sofrem por estarem presas em suas crenças, em seus ídolos, em seu ego inflado que lhes cega o contemplar do perfeito.
O ídolo é o contrário de idéia, é uma forma imperfeita daquilo que É. O mundo ideal está num nível superior a dos homens.
Eu entendo nesses conceitos metafísicos que se o homem perceber que o mundo em que vive é mera aparência imperfeita do ideal, ele estará pronto a transcender a busca do que é perfeito. Nesse momento, sua ética será moldada a ponto de poder fazer sua vontade verter com mais intensidade no ápice do orgasmo, num legítimo estado de adoração com o Ser perfeito.
Ética e espiritualidade
Conforme minha análise sobre a entropia do Universo, a natureza da origem do Universo é um paradoxo insolúvel. O Universo move o todo, e o todo múltiplo aspira sua potência perpétua. A vontade é uma emanação direta da potencialidade divina no qual o ideal nos mostra o caminho do não-esquecimento, quando a imperfeição gnóstica ofuscar a mente no esquecimento, perdição de si mesmo.
A busca pelo ideal é uma busca espiritual pelo ápice do prazer, máxima emanação da vontade e sentido perfeito de ser do pulso cósmico que é a vontade.
Espiritualidade é o exercício de transcender também na percepção sobre a físico-material do mundo, pois a realidade material também é uma aparência imperfeita do Ser.
Logo, um dos procedimentos que conduze-nos a perfeição é o estudo da matemática, pois esta, uma derivação perfeita da lógica(logos) faz-nos contemplar as verdades eternas e universais, nos ajudando a reconhecer o logos do mundo e transcender a adoração do que é perfeito e maravilhoso Ser enquanto Ser.
Sto Agostinho, apesar de ser cristão e estar preso a certos dogmas mitológicos da cosmogonia judaica, conseguiu expressar um belo tratado de espiritualidade que é mais ou menos assim:
Amor é desejar, então amor é estar angustiado por querer o que não tem. Mas o homem que ama pode alcançar o bem que almeja e que supra a vontade. O Amor então se transforme decerto modo em posse, no qual o homem agora teme em perdê-lo, perpetuando a angustia. O homem sabe que vai morrer, e a morte é o mal maior, o prejuízo absoluto que nos tira o bem que temos.
Então para Agostinho não há como ter uma felicidade ideal amando as coisas do mundo, senão amando a Deus que é eterno e não morre. Deus que é a vida e fonte de todos os bens.
Agostinho nesse sentido nos mostra que o amor as coisas espirituais são superiores as coisas materiais que são meras cópias do que é perfeito.
Por isso entendo que aquele que analisa com seriedade a filosofia, amando a verdade acima de tudo, saberá que a filosofia é uma busca esotérica de ser feliz, de se enquadrar perfeitamente com o ritmo cósmico.
Concluo esse texto com a inscrição do templo de Delfos que acredito estar em sintonia intelectual com o que disse:
«Advirto-te, sejas quem fores...Tu! Que desejas sondar os arcanos da Natureza, se não encontras dentro de ti aquilo que procuras... tampouco o poderás encontrar fora.Se ignoras as excelências da tua própria casa, como poderás encontrar outras excelências?Em ti se encontra oculto o tesouro dos tesouros!Homem!... Conhece-te a ti memso e conhecerás o Universo e os Deuses.»
sábado, 28 de março de 2009
A Escravidão histórica sucedida pelo trabalho assalariado
Antes de divagar sobre a resposta, farei uma explanação sobre os conceitos filosóficos da economia que estão por detrás da história.
Kant disse que a busca do entendimento dos fenômenos no mundo se faz antes com juízos a priori sobre o mundo como tempo, espaço e causalidade. As leis da física são dados a priori a qualquer observação, e são através dela que se constroem verdades científicas, no quais essas também se tornam um juízo que também se chama conceitos a priori na observação dos fenômenos.
Na economia que é considerada hoje uma ciência se estipula também conceitos a priori, como a lei da vontade, oferta e da procura, lei de Say, lei do trabalho etc.
Na lei da oferta e da procura, que considero um dos mais importante na interpretação dos fenômenos econômicos, se delimita o valor das coisas, sendo valiosas quando muito procuradas tornado-as escassas, ou de preços baratos por haver muita oferta delas ou pouca procura.
Práxis da teoria
Como podemos associar então os conceitos econômicos no tema proposto por esse texto? Vou tentar explicar:
Antes da revolução industrial, o modo de produção era lento bem como o transporte que também não possuía muita capacidade de carga, o que tornava tudo muito caro.
Se houvesse um aumenta na renda per – capita de uma sociedade antiga, por exemplo, haveria um enorme problema com inflação, pois, com o aumento da renda, a população consumiria mais, porém, o sistema produtivo não acompanharia a demanda. A solução desse problema era muitas vezes resolvido na captação de mais escravos para o aceleramento produtivo.
Um modo de produção assalariado era algo impraticável na antiguidade e nas outras eras onde não havia a indústria mecanizada, pois o trabalho assalariado causa o fenômeno do crescimento exponencial da produção, ou seja, o trabalhador assalariado gasta seu salário com compras, gerando mais “empregos” que por sua vez gastaram também gerando mais rendo e etc. Porém, como na antiguidade não havia técnicas de produção eficazes, o devido crescimento exponencial deixaria a inflação em índices elevadíssimos, desestimulando o trabalho operário, pois se há muita gente com dinheiro na mão mas sem produtos para comprar, as coisas, devido a sua procura, então tendem a aumentar o preço a quem possa pagar mais, conforme a lei da oferta e da procura.
É por essa razão que o trabalho escravo era uma imposição de uma classe dominante ou uma nação vitoriosa sobre as outras com o intuito de produzir o necessário.
Por exemplo, as razões principais da queda do império romano foi a falta de escravos devido a pax-romana e a ética cristã, fazendo com que a sociedade pagasse pelos serviços requeridos. Outro motivo foi o aumento do efetivo do exército. Esses fatos fizeram com que a economia inflasse com moeda corrente, fazendo os preços aumentarem, colocando Roma numa situação de miséria nunca antes vista em sua história.
Na Europa medieval, a economia não sofria esses reveses devido a própria inexistência de comércio, e no mundo árabe e bizantino os preços e o comércio era fortemente controlado pelas corporações de ofício no qual eram subordinadas diretamente aos soberanos, o que não diferia muito do sistema de servidão.,
Com a formação dos estados absolutos e o mercantilismo e em conseqüência o aquecimento da economia, uma pressão inflacionária assolou a Europa, mas as tensões eram sempre atenuadas com a ida de contingentes ao novo mundo e a emissão de subsídios com o trabalho escravo desse a Europa, deixando os preços sempre sobre um patamar aceitável.
O império turco Otomano a partir da era moderna, começou a declinar constantemente devido ao modo de produção escravista, com escravos cada vez mais escassos.
É importante lembrar também que o comércio na antiguidade até a revolução industrial se realizava quase que exclusivamente nas cidades portuárias. Era um comércio pequeno.
Com a revolução industrial, o desenvolvimento da produção agrícola, de manufaturas e dos meios de transporte tornou a produção mais eficaz. Antes, na industria têxtil, com 100 costureiras se fazia 50 peças de tecido. Depois, com uma costureira treinada a mexer com um tear mecânico, produzia em um dia 100 peças de tecido. No meio de transporte o navio a vapor levava 100 vezes mais que uma caravela, e com a metade do tempo gasto.
Na revolução industrial então, produziu uma quantidade de bens nunca antes conhecida na história conhecida, estimulando banqueiros a fomentarem o capitalismo que se fundamentava no trabalho assalariado que por sua vez, gerava uma produção de riquezas de forma exponencial.
Logo, na segunda revolução industrial, o mundo conheceu uma produção de riquezas fantástica. A revolução industrial foi o divisor de águas na era da história, na ordem de importância do que foi a invenção da escrita para a história.
Os filósofos
Vocês podem notar, caros leitores, que a época antiga comparada com a época das luzes na Europa não diferia muito em estrutura. A escravidão era amplamente aplicada pelos motivos acima expostos.
Logo, os filósofos das Luzes, como Russeau, Kant, Hobbes, Locke, Maquiavel etc, não diferem de forma significante dos filósofos romanos e gregos, pois todos contemplavam o mesmo tipo de economia. Os filósofos das luzes nada mais são do que revisores de conceitos da “coisa pública” resgatado do direito romano, bem como a delimitação da racionalidade, diante da nova sociedade emergente que suplantava a idade média, onde os conceitos de civilidade, de direito não existiam, bem como método científico inexistia.
Mas foi com o advento da revolução industrial onde foi necessário novos filósofos que interpretassem os novos fenômenos aparentes como o monetário, a liberdade diante das profundas transformações sociais sofridas. Exemplos disso é Adam Smith, David Richard, Thomas Maltus, Karl Marx, Husserl e tantos outros.
sexta-feira, 20 de março de 2009
Onde está o dinheiro?
O fenômeno econômico, a meu ver, é muito fácil de entender. A dificuldade está em interpretar a verbarrogia do economiques, muitas vezes inúteis para ajudar a entender o sentido profundo do acontecer no mundo.
Todos nós estamos informados que o mundo sofre o flagelo da crise econômica iniciada com o estouro da bolha imobiliária dos Estados Unidos.
As doutrinas econômicas tem-se culpado umas as outras pela recessão. Os neoliberais culpam Alan Greespan, presidente do Federal reserve na era Clinton de forçar empréstimos a juros baixos para financiamento de imóveis populares diante dos preços elevados de aluguéis naquele país e demais atos de populismo como gerar empregos etc, demonstrando que as intervenções estatais na economia sempre tem conseqüências trágicas como a crise gerada pelo super-crédito.
Os keynesianos por sua vez, culpam os neoliberais, de que as crises, as oscilações e especulações são devidos da falta de controle do estado diante especuladores que abalam sistemas políticos ao sabor de sua ambições .
Os marxistas e neofascistas, apesar de serem um contra o outro, ambos atacam neo-liberais e keynesianos, sugerindo um estado forte e controlador.
Mas enquanto ninguém chega a um acordo, uma pergunta que muito intriga. Onde está o dinheiro? Já ouvi diversos economistas e sociólogos na TV e revistas e todos dizem de uma forma generalizada que o dinheiro “secou” na fonte, como se ele tivesse desaparecido do sistema. Tudo não passa de uma baita confusão que colocam na mente do povo explicando conceitos econômicos pela metade, algo típico nos méios de comunicação onde não há profundidade nenhuma em discussões.
O dinheiro, é óbvio, está no sistema bancário brasileiro que guarda o dinheiro das pessoas. Ha aproximadamente 40 trilhões de reais ativos em moeda escritural no sistema bancário, fora as reservas em moeda de outros países, ouro, prata etc.
É importante notar que o dinheiro nunca sai do banco. O dinheiro que circula em nossos bolsos e carteiras não passa de “troquinhos”. A moeda impressa no Brasil que circula é de aproximadamente 90 bilhões de reais. Todo o resto do dinheiro se chama moeda escritural, que se manifesta na sociedade em formas virtuais nos computadores, em títulos, em cheques ou mesmo com esse próprios 90 bilhões de dinheiro impresso que a todo momento entram e saem do banco com os depósitos e saques das pessoas.
A lógica da crise então se consiste no simples fato de todo esse dinheiro não estar circulando. E isso se deve pelo fato dos juros estarem altos.
Quem sofre com o esfriamento da economia nunca são as grandes corporações, mas o pequeno e médio empreendedor e o trabalhador assalariado. Ora, como eu posso sustentar isso? É simples. Vejam: Se o sistema bancário brasileiro possui 40 trilhões de reais no qual sempre aumenta anualmente com o PIB, alguma empresa deve estar com boa parte desse dinheiro? Mas quem? Ora, é fato que o dinheiro não está circulando bem devido aos juros altos, mas o dinheiro então só pode estar nas mãos das grandes corporações.
É estranho o conceito em que as grandes companhias possuam problemas financeiros pela seguinte lógica: Elas devem pagar seus fornecedores, mas esses fornecedores também devem pagar os seus, e esses por sua vez também. Ou seja, o dinheiro sempre tem um piso de circulação para novamente estar em mãos dos quem dominam o sistema produtivo, que são as corporações, que são na realiade, comglomerados de trustes bancários e de grandes investidores. Por isso, levanto uma questão: Como um banco pode quebrar, pelo fato dele emprestar dinheiro e podendo emprestar a ele mesmo, e sendo fato também que ele é acionista das grandes corporações?
Talvez a crise seja mesmo crise pelo fato da imprensa sempre amedrontar as empresas e pessoas devido ao um futuro inserto, e essas empresas e pessoal começam a cortar despesas para criar uma reserva para a crise, porém, potencializando a crise, pois se ninguém mais comprar, ninguém irá vender, não é lógico?
A questão da inflação
Essa questão tem sido tema de preocupação dos governos dos países na década de 90, devido aos problemas inflacionários da década de 80 causados pela crise do petróleo da década de 70.
A política econômica de Substituições de Importações iniciada pelo governo Getúlio Vargas depois de 1930 amplamente praticada na história brasileira a partir dessa data, porém em franco fracasso da política econômica do governo Sarney e nos planos malucos e do mesmo intuito heterodoxo do governo Collor de bloquear os ativos de pessoas físicas, demonstrou ao Brasil a proposta neoliberal de controle da inflação.
Com a política neoliberal de esquerda do governo FHC, (como ele se auto-intitula), agiu de várias maneiras para conter a alta dos preços no país, como a elevação dos juros, aumento dos impostos, aumentar o superávit primário, valorizar o real e abrir as alfândegas, o que caracterizou o Plano Real, que era de caráter recessivo.
Com a moeda estabilizada, o governo FHC decidiu que a economia deveria crescer de forma lenta, baixando os juros e os impostos progressivamente.
No governo Lula, a mesma política foi adotada, agora porém de forma mais determinada, resolver fazer o país se aquecer economicamente de novo, porém com um crescimento de 4% ao ano. Mas porque dessa decisão?
Ora, como as pessoas que mexem com o comércio e produção bem sabem, não adianta liberar crédito e dinheiro na sociedade se não há produto para comprar. Para se dobrar a capacidade de produção e o devido estoque, demora aproximadamente um ano. Mas para alimentos em geral, se leva dois anos, além da falta de mão de obra especializada para atender o crescimento do país, bem como a oferta de energia elétrica e madeira para caldeiras em geral.
A classe produtiva, bancos e serviços, logo, devem possuir uma confiança no governo para apostarem em fazer estoques para um comprador certo prometido desse nesse crescimento econômico.
Um outro fator do crescimento lento da economia era a observação de um estouro na bolha do setor de crédito de imóveis americanos feita por agências de economia do mundo. Um crescimento mais acelerado se pressupões o endividamento da população. A crise seria muito pior então se essas dívidas maiores fossem contraídas.
Outro exemplo na história que justifique as atitudes seguras e até recalcadas do governo Lula é o que aconteceu com a Argentina recentemente. Depois da recessão econômica sofrida a sete anos atrás, esse país resolve dar um impulso econômico, crescendo aproximadamente 7% a 8% ao ano. Porém, um país que ficou cerca de dois a três anos em recessão, desestimulando a produção interna, logo, não tem o que vender num surto de crescimento, gerando inflação. A medida do governo Argentino foi a de tabelar os preços, causando uma falta generalizada de produtos, até mesmo e gasolina.
Na China, com aquele crescimento fantástico de 15% ao ano, só é possível graças a onipresença e onipotência do Estado. Pois, se o governo chinês decretar um tabelamento dos preços devido a uma inflação devido ao seu alto crescimento, os transgressores da política de preços do “partido” certamente será fuzilado.
No Brasil, o poder executivo não possui autoridade sobre a economia, sendo que nosso país fica refém de especuladores em geral. Só para lembrar, no tempo do crescimento alucinante da economia brasileira na época da ditadura, já recebendo um processo inflacionário da época de JK, conseguiu manter o país equilibrado somente pela força do decreto ditatorial, somente entregando os pontos na grave crise de proporções mundial na época da crise do petróleo. Mas a escolhambação da economia aconteceu mesmo na época da abertura política, onde o governo civil não tinha autoridade nenhuma mais sobre as pressões libertinas na ditadura.
O governo Obama, entendo, pode estar certo na intervenção direta na economia, a contra gosto dos liberais. Pois tal atitude garante a produção e evita o endividamento da sociedade, libertando os EUA da agonia de da grande depressão de 1930. Porém, muitos falam que os EUA terão uma dívida pública ainda maior. Mas isso é conversa fiaada, pois os credores dos EUA são as próprias corporações de petróleo, de armas, bancos, industrias farmacêuticas, de informática e etc no qual dominam o mundo e usam dos atributos do departamento de estado dos EUA a resolverem seus interesses.
Toledo, 19 de março de 2009-03-20
Rafael Unha de Oliveira
Acadêmico de história da Unipar – Campus Cascavel
segunda-feira, 16 de março de 2009
fundamentos filosóficos de uma sociedade insana
Em virtude de tal entendimento de separatividade, o "Eu" torna-se todo poderoso; dessa consciência de separação nasce o medo. E onde quer que exista o medo, manifesta-se imediatamente o desejo de buscar o conforto, em lugar do entendimento que dissipa todo o temor. Pois o conforto adormece o vosso temor inato de perder vossa identidade separada.
O conforto produz tão somente um ajuste temporário, mas não uma harmonia e equilíbrio permanentes; produz um alivio imediato em vez de um entendimento compreensivo, contínuo; produz o adiamento do esforço, uma evasão contínua em lugar da luta para compreender no presente. Por causa desse temor, buscais o consolo no culto, na prece, no erguimento de imagens, por intermédio de ritos e cerimônias. Essa ilusão de separação vos leva à preocupação da morte, e do que vai acontecer no futuro, isto é, sobre se tereis de vos reencarnar e sobre o que haveis de ter sido no passado. Por outras palavras, são o passado e o futuro que empolgam o homem que se acha atemorizado; a compreensão do presente, nunca. Enquanto o presente não for compreendido, o futuro jamais vos proporcionará seu verdadeiro significado, pois que o futuro, na realidade, não existe.
Observe a maioria das pessoas, e verificareis que todas pensam que, por tornarem-se maiores, por ampliarem sua consciência, mediante uma série de experiências, pelo fato de retroceder, avançar e reencarnar, se estão aproximando cada vez mais da verdade. Para mim, essa concepção é inteiramente ilusória, pois a realidade, em sua inteireza, em sua plenitude, em sua riqueza, existe em tudo e, portanto, é eterna. O que é permanente, eterno em tudo, não pode progredir. O que denominamos progresso somente pode ser aplicado a determinado fato, não à realidade.fragmentos: Krishnamurti -
Palestra realizada em Londres - 1931 - Do livro: Coletânea de Palestras
sábado, 14 de março de 2009
O caminho espiritual da matemática
Porém, ha muitas pessoas que se deram conta disso, e se embrenharam no estudo do ocultismo, ingestão de alucinógenos para o contato íntimo como “Apheirón”.
Acredito que o ocultismo ainda é uma visão imatura da filosofia. Primeiro porque a filosofia por se caracterizar pelo transcendental já se preocupa com o desvelamento oculto dos ser, que se mostra e se vela ao mesmo tempo.
É somente com o estudo da matemática que se caracteriza como uma busca espiritual pelo ser. É ela o firme fundamento da contemplação mística do transcendental. A matemática é a analise das verdades eternas, dos postulados de origem divina que é para sempre, imutáveis em qualquer dimensão e tempo.
Não estou dizendo que o puro ato do estudo da matemática seja o todo em si mesmo. Não, não, mas sim, que o estudo da matemática deve ser inicial a todos os outros estudos. Porém, a matemática não deve ser tida como autônoma das outras áreas do saber, mas as outras áreas como desdobramento matemático.
Ciências exatas e ciências humanas:
O público acadêmico comete sempre o crônico erro de entendimento ao dizer que existe uma separação entre ciências exatas e ciências humanas. A meu ver, não há separação nenhuma.
As ciências exatas trabalham com aquilo que é dado no mundo, e as ciências humanas, as possibilidades do que é dado acontecer no mundo. Uma é a sustentabilidade da outra que analisa o que realmente é o mundo.
A matemática é a essência das duas, porém, não é uma ciência. Pode existir uma ciência que estude a simbologia matemática, algo quase gramatical, mas a ontologia matemática não é uma ciência, mas um estado de espírito.
A Unipresença de Deus:
Para deixar mais concreto minha exposição sobre a espiritualidade do estudante de matemática, mostro um exemplo muito interessante. Há um Deus dos homens. Mas se um ser extra-terrestre viesse ao nosso planeta, e um de nós perguntássemos “o Deus do alien é o mesmo que o nosso?” . Com certeza, pois no universo podem haver infinitos mundos e estrelas, infinitos acontecimentos. Mas não pode haver infinitos infinitos. O infinito é um só para todos no infinito. O infinito é um, é o UNO.
O ser alienígena que aparece diante de nós possui o mesmo Deus então, pois o nosso Uno é o mesmo Uno dele, as nossas verdades matemáticas são as dele também. A matemática é a relação com o UNO no qual qualquer criatura do universo pode acessar e adorar.
quinta-feira, 12 de março de 2009
Considerações sobre Isaac Newton
Na Idade Moderna, com Descartes, um dos filósofos mais incompreendidos da história, lança os fundamentos da interpretação do mundo, análises e regras do método de como conhecer corretamente(Ao meu ver, em nenhuma diferença com a metafísica de Aristóteles).
O Aristotelismo entra com força na Europa, afastando os místicos cristãos sobre a influência do neo-platônico Sto. Agostinho.
Apesar das considerações místicas ainda serem bastante pertinentes, o mundo preferiu esquecer seus postulados em favor das proezas metafísicas da epistemologia.
Na Inglaterra da Época de Isaac Newton, a coisa não era diferente. Os ingleses aspiravam por mais fundamentos experimentais para finalidades práticas do que elucrubações místicas, surge o empirismo, se opondo a racionalidade quase platônica cartasiana.
Ora, Newton era Alquimista, e como tal, estava na ordem dos místicos e com certeza, na intimidade não compactuava com os dogmas cristãos ou qualquer outro sistema de crendices.
Porém, foi ele que ditou postulou as leis da física nas bases de Euclides, desprezando todos os mistérios que envolvem a entropia do Universo.
Newton, chefe do tesouro real e outros títulos políticos, da a entender a nós que seu trabalho se concentrava em resultados práticos a serem usados por seus país, deixando para de lado as reflexões sobre o Uno, que bem disse David Hume, se não podemos saber sobre a origem, então não importa perguntar sobre ele.
A física de Newton porém ganhou adeptos no mundo inteiro devido as proezas da ciência. Mas essa, enfim, encontrou seu limite diante as descobertas da física quântica que novamente retoma os problemas da filosofia grega antiga, no qual devemos escolher entre Aristóteles ou Platão.
Mas o mundo não está preparado filosoficamente a entender o mundo a luz da filosofia. O mundo está doente, histérico, insano em crendices, em postulados mal-entedidos, mal digeridos sobre método científico. O mundo produz conhecimento, mas não sabe exatamente o que produz.
A humanidade está tão insana que os conceitos científicos que são verdades transitórias valem quase como um dogma religioso. É proibido questionar os fundamentos da ciência. Por exemplo, é proibido questionar a viagem do homem a Lua. É proibido dizer que existem curas pelo poder da fé.
Sabe, pessoal, antes de estudarmos ciência, devemos estudar Aristóteles, e antes desse, Platão. Devemos conhecer as críticas de Aristóteles a Platão. Aí sim, poderemos fazer ciência e pensarmos a sua possibilidade.
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Dr. Luiz Manoel Lopes[1]
Eu sou porque ela é
Ela é porque eu sou
Somos de graça
A superfície está em branco
Se com um gesto a toco,
Eu sou tocado
(Amílcar de Castro)
Quando dizemos que algo é superficial expressamos nossos preconceitos; a profundidade parece ser mais importante que a superfície, pelo menos é o que os nossos hábitos e julgamentos, acerca da vida, nos indicam. É comum alguém dizer: “que coisa profunda foi dita por fulano”. Tal exemplo, esclarece bem o que entendemos por superficial: nada mais do aquilo que é de pouca profundidade. O nosso contato com o mundo dá-se através das superfícies das coisas; nós estamos diante de nossa superfície como da superfície do mundo. Não somos tolos a ponto de esquecer que possuímos uma profundidade. O ponto de contato com a superfície do mundo, com as múltiplas superfícies que o constituem, dá-se onde o habitamos. Quando, por exemplo, escrevo, este texto, experimento um espetáculo de superfícies que se entrelaçam. O quiasma, do qual Merleau-Ponty nos fala, aparece como um fenômeno onde vários componentes misturam-se: o branco da folha de papel; o escorrer das letras sobre o liso; a tinta vermelha que tinge as letras; a sombra de minha mão vagando na tez do papel; a minha pele que sente a maciez da folha. Há uma composição durante este ato no qual ouço cantos fugidios de pássaros e o tictac do relógio. O pensamento e a linguagem entremeados em planos sem espessura. Talvez haja proximidade com aquilo que o escultor Amílcar de Castro nos apresenta em seu ato de criar. A folha de papel, sendo bi-dimensional, possui um elo com o material que ele nos fala:
É de chapa de ferro
De chapa porque pretendo, partindo da superfície
Mostrar o nascimento da terceira dimensão
De ferro porque é necessário
É natural de Minas, está ao alcance das mãos
Todo mundo sabe trabalhar em ferro
A superfície é domada – é partida e vai
sendo dobrada
É quando, e por fatalidade, o espaço se
integra, criando o não previsto
É pura surpresa
É como um gesto inesperado
Um gesto espontâneo
Espontâneo como se fosse o primeiro
Aquele que fundamenta a comunhão
com o futuro
A escultura que faço é uma pesquisa
de origem da própria escultura
Por isso é simples
descobre a força do que é original
Sol de muito tempo
entre noites dormindo
acorda ilumina e ascende
e é força e é fogo e é ferro
Verbo silêncio vivo.
Criador das montanhas
E fundador de um reino onde a
Palavra é inútil[2]
Na superfície a escultura e a escritura se entrelaçam; naquela, o nascimento da terceira dimensão; nesta, a germinação de múltiplas direções de tempo. A superfície vegetal da folha contrai a tinta, o tempo intensa e ritmicamente toca o leitor.
Quando nos embriagamos com um movimento de vento nas folhagens, com um gesto, experimentamos rápidos momentos de êxtase. A nossa percepção altera-se, sentimos vibrações inusitadas e começamos por indagar sobre a criação desses momentos fugazes. Há a criação desses momentos, mas não sabemos como foram criados. Os artistas conseguem transferir esses processos de criação para as superfícies mais estranhas libertando aquilo que estava aprisionado no fundo das coisas. Na folha de papel em branco, que começa por ser tingida, a superfície vibra permitindo que o leitor experimente várias dimensões de tempo. Há como que uma transmutação do espaço em tempo. O processo de libertação de algo que percorre a superfície, porém que não conseguimos ver, é uma maneira de tirar a nossa percepção da paralisia diante das coisas.
A superfície, a cortina, o tapete, o casaco eis onde o Cínico e o Estóico se instalam e aquilo de que se cercam. O duplo sentido da superfície, a continuidade do avesso e do direito substituem a altura e a profundidade. Nada atrás da cortina, salvo misturas inomináveis. Nada acima do tapete, salvo o céu vazio.[3]
O pensamento, em sua relação com a superfície, possui o sentido dos acontecimentos que envolvem as coisas. A filosofia – que possui como elemento o conceito – ganha a leveza dos efeitos flutuantes que insinuam-se no limites das coisas. Os conceitos não são adquiridos através de classificações das formas de coisas semelhantes, mas pela fina película que as envolvem. Quando a maçã cai, o cair acontece na superfície que a limita e expressa-se através da linguagem. O sentido, como a expressão do que acontece na superfície do mundo, não é um processo mental ou psicológico, nem uma propriedade objetiva das coisas. Não é preciso a tortura de retornar para a interioridade subjetiva: a vida acontece na superfície, “o mais profundo é a pele”.
O sentido aparece e atua na superfície, pelo menos se soubermos convenientemente, de maneira a formar letras de poeira ou como um vapor sobre o vidro que o dedo pode escrever.[4]
A ressonância entre filosofia e escultura resulta no cântico à tênue camada que separa a vida em dentro e fora. O motivo maior deixa de ser o mergulho, nas regiões mais profundas, passando a ser o quase espesso.
Quando corto e dobro
uma chapa de ferro
[ou somente corto]
pretendo
abrir um espaço
ao amanhecer na matéria bruta
É luz que vela e revela
a comunhão do opaco
com o espaço dos astros
espaço
que descobre o renascer
redimindo a matéria pesada
na intenção de voar.[5]
Na arte e na filosofia contemporânea experimentamos um esvaziamento; não mais o grave e pesado, mas sim a sutileza da superfície. Os acontecimentos ocorrem no vazio, preenchendo-o de novidades, fazendo-nos experimentar que viver consiste em criar novos modos de viver.
Artigo gentilmente cedido pelo autor, Dr. Luiz Manoel Lopes, (Revista Eletrônica Print by UFSJ)
NOTAS:
[1] Possui graduação em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1994), mestrado em Filosofia pela Universidade Federal de São Carlos (2002) e doutorado em Filosofia pela Universidade Federal de São Carlos (2006). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Ceará - Campus Cariri. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em História da Filosofia, atuando principalmente no seguinte tema: acontecimento, campo transcendental e as sínteses disjuntivas em Deleuze; a duração em Bergson; os objetos impossíveis em Meinong; as proposições em si em Bolzano.
[2] Amílcar de Castro, Depoimentos, Belo Horizonte, Suplemento Literário 90, 2002.
[3] Gilles Deleuze, Lógica do Sentido, tradução: Luiz Roberto Salinas Fortes, São Paulo, Perspectiva, 1974, p.136
[4] Idem, ibdem, p.136.
[5] Amílcar de Castro, Corte e dobra, Belo Horizonte, Suplemento Literário 90, 2002, p.12.
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Os dilemas
Há o axioma da existência do universo, há o paradoxo sobre seu funcionamento, mas há o dilema que é a natureza transcendental das particularidades do Uno eterno.
Mas a dois dilemas que parecem insolúveis, eu disse “parecem”devido a minha incapacidade intelectual que me limita e muito. São eles “EXISTE UMA CONSCIÊNCIA SUPREMA?” e “a alma é eterna?”.
O pleonasmo eternidade infinita, em si, pode ser chamado de Ente Supremo. É ente porque a eternidade representa um axioma, algo existente, mas que não é um ente particular comum, mas sim O Ente Supremo. Mas esse Ente Supremo significa uma consciência eterna, que se lembra e conjectura? Acho que esse dilema não pode ser facilmente respondida.
Infelizmente, a inúmeras respostas ilusoriamente falsas por parte de materialistas que em seu apego a luta contra a suposta superstição a Deus, dizem sem maiores delongas que de maneira nenhuma pode existir uma consciência suprema.
Afora esses, há a respostas de extremistas religiosos que afirmam a existência da consciência suprema, porém não calçado na lógica, mas em crendices dogmáticas que lhes ajudam a aceitar a realidade não-transcendente contra a inquietação filosófica.
sábado, 20 de dezembro de 2008
O UNO E AS PARTES
Os filósofos sabem que o infinito não se pode perguntar. Então não é objeto de conhecimento. O que podemos saber é que no animismo, o existir é eterno com o Uno. O existir por sua naturza possui duração temporal. Está sempre se transformando, ele é por um tempo e depois não é mais senão outro ser. Isso é a natureza do múltiplo do existir, pois as coisas nunca são as mesmas com o passar da linha do tempo.
Os filósofos então querem encontrar as coisas que não mudam, aquilo que dura fora do tempo e que sustena a razão do existir. Descobriram uma coisa que não muda com o tempo que é a própria noção de tempo. O tempo é uma idéia que não muda, pois o tempo vai sempre existir. Logo, é uma idéia que se pode alicerçar a razão. As verdades aritméticas são outros exemplos de verdades que permanecem, verdades eternas como 2+2=4.
Os filósofos no exercício de encontrar aquilo que permanece, descobriram que forma e matéria são eternos junto com o Uno. O fruto da experiência da sensação, a observação do existir/animismo é apenas perceber o movimento e duração das formas até se transmutarem a outras formas. Então a observação nada mais é que contemplar as possibilidades de combinações infinitas de formas finitas em dimensões infinitas.
Sabem os filósofos que a razão do movimento não é somente a onda de energia que passa pelos corpos, mas a própria duração da dureza dos corpos que afetam outros corpos através da energia da causalidade, os movendo. Mas os filósofos perguntam: Que corpos agem internamente para que os corpos duros temporalmente possuam duração? Ora, contemplaram a multiplicidade e as formas e o próprio tempo são eternas com o Uno durável para sempre. Mas as coisas duráveis temporalmente para possuírem alguma duração, devem ter um elemento primordial durável eternamente, pois senão, como duraria algum tempo alguma coisa formada por coisas que também não tem duração? Tudo poderia ser o nada enfim, mas não é isso que acontece, porque há algo, o existir. O homem não pode negar sua consciência que sente a existência, pois precisa da consciência para se negar. Logo, é impossível de negar por que é algo logicamente contraditório.
Os elementos eternamente duráveis são os átomos que são partículas do animismo que se combinam em infinitas possibilidadas a fazer a forma das coisas duráveis temporalmente que permanecem um tempo, que é natureza do animismo. Mas o durável num mundo que sempre muda existe somente na abstração da consciência que descobre aquilo que não muda num mundo que muda. Esse é a razão para alicerçarmos o conhecimento.
Mas tudo aquilo que não muda, que é durável para sempre por sua natureza imutável é mais próximo da idéia de infinito qué a natureza perfeita e a noção do próprio Divino. A idéia de átomo por ser durável também é inconcebível como o infinito. Pois a descoberta durável infinita do átomo se dá da divisão infinitas do espaço, chegando a conclusão de que o átomo é indivizível porque não se pode dividir o infinito. Logo, são as partículas duráves infinitamente que sustentam a natureza das coisas duráveis tempotalmente, que é o nosso existir/animosmo.
Os cientistas filósofos estão preocupados com a verdade do universo, com a alma que transcende no infinito divino inundando-os de felicidade e do verdadeiro amor expressado pelas religiões. O infinito que tudo move não é compreendido mas é a razão de tudo. O infinoto é o espírito que fecunda a matéria a transmutar suas formas no tempo, gerando vida transcendente, conhecimento a consciência, numa investigação eterna do oculto, pois sempre terá uma forma anterior a outra forma que o move indo ao infinito. O conhecimento dos desdobramentos das pares do Uno um influenciando o outro se que um tenha pleno conheciemento um do outro, e que tudo que se conhece se’ra sempre uma parte explicada por outra parte que poderá ser descoberta, é a natureza do tempo das coisas, que se desvela a consciência, mas por ser somente parte, também é uma velação da totalidade, num eterno mistério, nosso Pai.
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
A CRISE NÃO EXISTE!
- Pai, há uma crise econômica violenta lá fora, o senhor tem que conter os gastos! Caso contrário será muito ruim!
Acreditando nas palavras do filho, pois o mesmo havia se formado em economia, o bom homem passou a comprar pães mais baratos e de qualidade inferior, assim como salshichas inferiores e retirou as propagandas da beira da estrada, com medo de assaltos.Desta forma, diminuiu o custo. Porém já não vendia tão bem como antes. As vendas foram diminuindo, se escasseando até que um dia ele não vendia mais nada e teve que abandonar o negócio.
Neste dia o homem comentou com um amigo: meu filho estava certo! Veio mesmo uma crise e agora não vendo mais nenhum cachorro-quente! Valeu a pena pagar um curso de economia para o garoto!
ENTÃO AMIGOS, A CRISE SE MANIFESTA MUITO MAIS NAS CABEÇAS DAS PESSOAS DO QUE NO MUNDO REAL. HÁ QUE SE MUDAR A MENTALIDADE. APROVEITE A CRISE PARA GANHAR!
(texto de um conhecido)
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
A CRISE DA ECONOMIA AMERICANA (Explicada de forma didática)
Com os 800.000 dólares, Paul, vendo que imóveis não paravam de valorizar, comprou três casas em construção dando como entrada algo como 400.000 dólares. A diferença, 400.000 dólares, que Paul recebeu do banco, ele comprou carro novo (alemão) para ele, deu um carro (japonês) para cada filho e com o resto do dinheiro comprou TV de plasma de 63 polegadas, notebooks, cuecas e tudo mais. Tudo financiado, tudo a crédito. A esposa do Paul, sentindo-se rica, sentou o dedo no cartão de crédito.
Em agosto de 2007 começaram a correr boatos que os preços dos imóveis estavam caindo. As casas que o Paul tinha dado entrada e estavam em construção caíram vertiginosamente de preço e não tinham mais liquidez.
O negócio era re-financiar a própria casa, usar o dinheiro para comprar outras casas e revender com lucro. Fácil! Parecia fácil. Só que todo mundo teve a mesma idéia ao mesmo tempo. As taxas que o Paul pagava começaram a subir (as taxas eram pós-fixadas) e Paul percebeu que seu investimento em imóveis se transformara num desastre.
Milhões tiveram a mesma idéia do Paul. Tinha casa para vender como nunca.
Paul foi agüentando as prestações da sua casa re-financiada, mais as das três casas que ele comprou, como milhares de compatriotas, para revender, mais as prestações dos carros, das cuecas, dos notebooks, da TV de plasma e do cartão de crédito.
Aí as casas que o Paul comprou para revender ficaram prontas e ele tinha que pagar uma grande parcela. Só que neste momento Paul achava que já teria revendido as três casas mas, ou não havia compradores ou os que havia só pagariam um preço muito menor que o Paul havia pago. Paul se danou.. Começou a não pagar aos bancos as hipotecas da casa que ele morava e das três casas que ele havia comprado como investimento. Os bancos ficaram sem receber de milhares de especuladores iguais a Paul.
Paul optou pela sobrevivência da família e tentou renegociar com os bancos que não quiseram acordo. Paul entregou aos bancos as três casas que comprou como investimento perdendo tudo que tinha investido. Paul quebrou. Ele e sua família pararam de consumir...
Milhares de Paul’s deixaram de pagar aos bancos os empréstimos que haviam feito baseados nos preços dos imóveis. Os bancos haviam transformado os empréstimos de milhões de Paul’s em títulos negociáveis. Esses títulos passaram a ser negociados com valor de face. Com a inadimplência dos Paul’s esses títulos começaram a valer pó.
Bilhões e bilhões em títulos passaram a nada valer e esses títulos estavam disseminados por todo o mercado, principalmente nos bancos americanos, mas também em bancos europeus e asiáticos.
Os imóveis eram as garantias dos empréstimos, mas esses empréstimos foram feitos baseados num preço de mercado desse imóvel... Preço que despencou. Um empréstimo foi feito baseado num imóvel avaliado em 500.000 dólares e de repente passou a valer 300.000 dólares e mesmo pelos 300.000 não havia compradores.
Os preços dos imóveis eram uma bolha, um ciclo que não se sustentava, como os esquemas de pirâmide, especulação pura. A inadimplência dos milhões de Paul’s atingiu fortemente os bancos americanos que perderam centenas de bilhões de dólares. A farra do crédito fácil um dia acaba. Acabou.
Com a inadimplência dos milhões de Paul’s, os bancos pararam de emprestar por medo de não receber. Os Paul’s pararam de consumir porque não tinham crédito. Mesmo quem não devia dinheiro não conseguia crédito nos bancos e quem tinha crédito não queria dinheiro emprestado.
O medo de perder o emprego fez a economia travar. Recessão e sentimento de medo, e medo. Mesmo quem pode, pára de consumir.
O FED começou a trabalhar de forma árdua, reduzindo fortemente as taxas de juros e as taxas de empréstimo interbancários. O FED também começou a injetar bilhões de dólares no mercado, provendo liquidez. O governo Bush lançou um plano de ajuda para a economia sob forma de devolução de parte do imposto de renda pago, visando incrementar o consumo, porém essas ações levam meses para surtir efeitos práticos. Essas ações foram corretas e, até agora não foi possível afirmar que os EUA estão tecnicamente em recessão.
O FED trabalhava. O mercado ficava atento e as famílias esperançosas. Até que na semana passada o impensável aconteceu. O pior pesadelo para uma economia aconteceu: a crise bancária, correntistas correndo para sacar suas economias, boataria geral, pânico. Um dos grandes bancos da América, o Bear Stearns, amanheceu, na segunda feira última, quebrado, insolvente.
No domingo o FED, de forma inédita, fez um empréstimo ao Bear, apoiado pelo JP Morgan Chase, para que o banco não quebrasse. Depois disso o Bear foi vendido para o JP Morgan por dois dólares por ação. Há um ano elas valiam 160 dólares. Durante esta semana dezenas de boatos voltaram a acontecer sobre quebra de bancos. A bola da vez seria o Lehman Brothers, um bancão. O mercado e as pessoas seguem sem saber o que nos espera na próxima segunda-feira.
O que começou com o Paul hoje afeta o mundo inteiro. A coisa pode estar apenas começando. Só o tempo dirá.
Dia 15 de Setembro de 2008, o Lehman Brothers pediu falência, desempregando mais de 26 mil pessoas e provocando uma queda de mais de 500 (quinhentos ) pontos no Índice Dow Jones, que mede o valor ponderado das ações das 30 maiores empresas negociadas na Bolsa de Valores de New York - a maior queda em um único dia, desde a quebra de 1929.
O dia 15 de setembro, certamente, será lembrado para sempre na historia do capitalismo.
OBS.: Os personagens aqui descritos são fictícios e qualquer semelhança com alguém conhecido é mera coincidência.
(recebi esse texto por email, autor anônimo)