sábado, 28 de março de 2009

A Escravidão histórica sucedida pelo trabalho assalariado

Em sete mil anos aceitos da história da civilização, me fiz uma pergunta: Por que em 6850 anos o mundo conheceu o modo de produção escravista, e nos 150 dos dias atuais, o modo de produção mudou para um trabalho livre e assalariado?

Antes de divagar sobre a resposta, farei uma explanação sobre os conceitos filosóficos da economia que estão por detrás da história.

Kant disse que a busca do entendimento dos fenômenos no mundo se faz antes com juízos a priori sobre o mundo como tempo, espaço e causalidade. As leis da física são dados a priori a qualquer observação, e são através dela que se constroem verdades científicas, no quais essas também se tornam um juízo que também se chama conceitos a priori na observação dos fenômenos.

Na economia que é considerada hoje uma ciência se estipula também conceitos a priori, como a lei da vontade, oferta e da procura, lei de Say, lei do trabalho etc.

Na lei da oferta e da procura, que considero um dos mais importante na interpretação dos fenômenos econômicos, se delimita o valor das coisas, sendo valiosas quando muito procuradas tornado-as escassas, ou de preços baratos por haver muita oferta delas ou pouca procura.

Práxis da teoria

Como podemos associar então os conceitos econômicos no tema proposto por esse texto? Vou tentar explicar:

Antes da revolução industrial, o modo de produção era lento bem como o transporte que também não possuía muita capacidade de carga, o que tornava tudo muito caro.
Se houvesse um aumenta na renda per – capita de uma sociedade antiga, por exemplo, haveria um enorme problema com inflação, pois, com o aumento da renda, a população consumiria mais, porém, o sistema produtivo não acompanharia a demanda. A solução desse problema era muitas vezes resolvido na captação de mais escravos para o aceleramento produtivo.

Um modo de produção assalariado era algo impraticável na antiguidade e nas outras eras onde não havia a indústria mecanizada, pois o trabalho assalariado causa o fenômeno do crescimento exponencial da produção, ou seja, o trabalhador assalariado gasta seu salário com compras, gerando mais “empregos” que por sua vez gastaram também gerando mais rendo e etc. Porém, como na antiguidade não havia técnicas de produção eficazes, o devido crescimento exponencial deixaria a inflação em índices elevadíssimos, desestimulando o trabalho operário, pois se há muita gente com dinheiro na mão mas sem produtos para comprar, as coisas, devido a sua procura, então tendem a aumentar o preço a quem possa pagar mais, conforme a lei da oferta e da procura.

É por essa razão que o trabalho escravo era uma imposição de uma classe dominante ou uma nação vitoriosa sobre as outras com o intuito de produzir o necessário.

Por exemplo, as razões principais da queda do império romano foi a falta de escravos devido a pax-romana e a ética cristã, fazendo com que a sociedade pagasse pelos serviços requeridos. Outro motivo foi o aumento do efetivo do exército. Esses fatos fizeram com que a economia inflasse com moeda corrente, fazendo os preços aumentarem, colocando Roma numa situação de miséria nunca antes vista em sua história.

Na Europa medieval, a economia não sofria esses reveses devido a própria inexistência de comércio, e no mundo árabe e bizantino os preços e o comércio era fortemente controlado pelas corporações de ofício no qual eram subordinadas diretamente aos soberanos, o que não diferia muito do sistema de servidão.,

Com a formação dos estados absolutos e o mercantilismo e em conseqüência o aquecimento da economia, uma pressão inflacionária assolou a Europa, mas as tensões eram sempre atenuadas com a ida de contingentes ao novo mundo e a emissão de subsídios com o trabalho escravo desse a Europa, deixando os preços sempre sobre um patamar aceitável.

O império turco Otomano a partir da era moderna, começou a declinar constantemente devido ao modo de produção escravista, com escravos cada vez mais escassos.

É importante lembrar também que o comércio na antiguidade até a revolução industrial se realizava quase que exclusivamente nas cidades portuárias. Era um comércio pequeno.

Com a revolução industrial, o desenvolvimento da produção agrícola, de manufaturas e dos meios de transporte tornou a produção mais eficaz. Antes, na industria têxtil, com 100 costureiras se fazia 50 peças de tecido. Depois, com uma costureira treinada a mexer com um tear mecânico, produzia em um dia 100 peças de tecido. No meio de transporte o navio a vapor levava 100 vezes mais que uma caravela, e com a metade do tempo gasto.

Na revolução industrial então, produziu uma quantidade de bens nunca antes conhecida na história conhecida, estimulando banqueiros a fomentarem o capitalismo que se fundamentava no trabalho assalariado que por sua vez, gerava uma produção de riquezas de forma exponencial.

Logo, na segunda revolução industrial, o mundo conheceu uma produção de riquezas fantástica. A revolução industrial foi o divisor de águas na era da história, na ordem de importância do que foi a invenção da escrita para a história.

Os filósofos

Vocês podem notar, caros leitores, que a época antiga comparada com a época das luzes na Europa não diferia muito em estrutura. A escravidão era amplamente aplicada pelos motivos acima expostos.

Logo, os filósofos das Luzes, como Russeau, Kant, Hobbes, Locke, Maquiavel etc, não diferem de forma significante dos filósofos romanos e gregos, pois todos contemplavam o mesmo tipo de economia. Os filósofos das luzes nada mais são do que revisores de conceitos da “coisa pública” resgatado do direito romano, bem como a delimitação da racionalidade, diante da nova sociedade emergente que suplantava a idade média, onde os conceitos de civilidade, de direito não existiam, bem como método científico inexistia.

Mas foi com o advento da revolução industrial onde foi necessário novos filósofos que interpretassem os novos fenômenos aparentes como o monetário, a liberdade diante das profundas transformações sociais sofridas. Exemplos disso é Adam Smith, David Richard, Thomas Maltus, Karl Marx, Husserl e tantos outros.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Onde está o dinheiro?

No fenômeno da crise, onde está o dinheiro?

O fenômeno econômico, a meu ver, é muito fácil de entender. A dificuldade está em interpretar a verbarrogia do economiques, muitas vezes inúteis para ajudar a entender o sentido profundo do acontecer no mundo.
Todos nós estamos informados que o mundo sofre o flagelo da crise econômica iniciada com o estouro da bolha imobiliária dos Estados Unidos.
As doutrinas econômicas tem-se culpado umas as outras pela recessão. Os neoliberais culpam Alan Greespan, presidente do Federal reserve na era Clinton de forçar empréstimos a juros baixos para financiamento de imóveis populares diante dos preços elevados de aluguéis naquele país e demais atos de populismo como gerar empregos etc, demonstrando que as intervenções estatais na economia sempre tem conseqüências trágicas como a crise gerada pelo super-crédito.
Os keynesianos por sua vez, culpam os neoliberais, de que as crises, as oscilações e especulações são devidos da falta de controle do estado diante especuladores que abalam sistemas políticos ao sabor de sua ambições .
Os marxistas e neofascistas, apesar de serem um contra o outro, ambos atacam neo-liberais e keynesianos, sugerindo um estado forte e controlador.
Mas enquanto ninguém chega a um acordo, uma pergunta que muito intriga. Onde está o dinheiro? Já ouvi diversos economistas e sociólogos na TV e revistas e todos dizem de uma forma generalizada que o dinheiro “secou” na fonte, como se ele tivesse desaparecido do sistema. Tudo não passa de uma baita confusão que colocam na mente do povo explicando conceitos econômicos pela metade, algo típico nos méios de comunicação onde não há profundidade nenhuma em discussões.
O dinheiro, é óbvio, está no sistema bancário brasileiro que guarda o dinheiro das pessoas. Ha aproximadamente 40 trilhões de reais ativos em moeda escritural no sistema bancário, fora as reservas em moeda de outros países, ouro, prata etc.
É importante notar que o dinheiro nunca sai do banco. O dinheiro que circula em nossos bolsos e carteiras não passa de “troquinhos”. A moeda impressa no Brasil que circula é de aproximadamente 90 bilhões de reais. Todo o resto do dinheiro se chama moeda escritural, que se manifesta na sociedade em formas virtuais nos computadores, em títulos, em cheques ou mesmo com esse próprios 90 bilhões de dinheiro impresso que a todo momento entram e saem do banco com os depósitos e saques das pessoas.
A lógica da crise então se consiste no simples fato de todo esse dinheiro não estar circulando. E isso se deve pelo fato dos juros estarem altos.
Quem sofre com o esfriamento da economia nunca são as grandes corporações, mas o pequeno e médio empreendedor e o trabalhador assalariado. Ora, como eu posso sustentar isso? É simples. Vejam: Se o sistema bancário brasileiro possui 40 trilhões de reais no qual sempre aumenta anualmente com o PIB, alguma empresa deve estar com boa parte desse dinheiro? Mas quem? Ora, é fato que o dinheiro não está circulando bem devido aos juros altos, mas o dinheiro então só pode estar nas mãos das grandes corporações.
É estranho o conceito em que as grandes companhias possuam problemas financeiros pela seguinte lógica: Elas devem pagar seus fornecedores, mas esses fornecedores também devem pagar os seus, e esses por sua vez também. Ou seja, o dinheiro sempre tem um piso de circulação para novamente estar em mãos dos quem dominam o sistema produtivo, que são as corporações, que são na realiade, comglomerados de trustes bancários e de grandes investidores. Por isso, levanto uma questão: Como um banco pode quebrar, pelo fato dele emprestar dinheiro e podendo emprestar a ele mesmo, e sendo fato também que ele é acionista das grandes corporações?
Talvez a crise seja mesmo crise pelo fato da imprensa sempre amedrontar as empresas e pessoas devido ao um futuro inserto, e essas empresas e pessoal começam a cortar despesas para criar uma reserva para a crise, porém, potencializando a crise, pois se ninguém mais comprar, ninguém irá vender, não é lógico?



A questão da inflação

Essa questão tem sido tema de preocupação dos governos dos países na década de 90, devido aos problemas inflacionários da década de 80 causados pela crise do petróleo da década de 70.
A política econômica de Substituições de Importações iniciada pelo governo Getúlio Vargas depois de 1930 amplamente praticada na história brasileira a partir dessa data, porém em franco fracasso da política econômica do governo Sarney e nos planos malucos e do mesmo intuito heterodoxo do governo Collor de bloquear os ativos de pessoas físicas, demonstrou ao Brasil a proposta neoliberal de controle da inflação.
Com a política neoliberal de esquerda do governo FHC, (como ele se auto-intitula), agiu de várias maneiras para conter a alta dos preços no país, como a elevação dos juros, aumento dos impostos, aumentar o superávit primário, valorizar o real e abrir as alfândegas, o que caracterizou o Plano Real, que era de caráter recessivo.
Com a moeda estabilizada, o governo FHC decidiu que a economia deveria crescer de forma lenta, baixando os juros e os impostos progressivamente.
No governo Lula, a mesma política foi adotada, agora porém de forma mais determinada, resolver fazer o país se aquecer economicamente de novo, porém com um crescimento de 4% ao ano. Mas porque dessa decisão?
Ora, como as pessoas que mexem com o comércio e produção bem sabem, não adianta liberar crédito e dinheiro na sociedade se não há produto para comprar. Para se dobrar a capacidade de produção e o devido estoque, demora aproximadamente um ano. Mas para alimentos em geral, se leva dois anos, além da falta de mão de obra especializada para atender o crescimento do país, bem como a oferta de energia elétrica e madeira para caldeiras em geral.
A classe produtiva, bancos e serviços, logo, devem possuir uma confiança no governo para apostarem em fazer estoques para um comprador certo prometido desse nesse crescimento econômico.
Um outro fator do crescimento lento da economia era a observação de um estouro na bolha do setor de crédito de imóveis americanos feita por agências de economia do mundo. Um crescimento mais acelerado se pressupões o endividamento da população. A crise seria muito pior então se essas dívidas maiores fossem contraídas.
Outro exemplo na história que justifique as atitudes seguras e até recalcadas do governo Lula é o que aconteceu com a Argentina recentemente. Depois da recessão econômica sofrida a sete anos atrás, esse país resolve dar um impulso econômico, crescendo aproximadamente 7% a 8% ao ano. Porém, um país que ficou cerca de dois a três anos em recessão, desestimulando a produção interna, logo, não tem o que vender num surto de crescimento, gerando inflação. A medida do governo Argentino foi a de tabelar os preços, causando uma falta generalizada de produtos, até mesmo e gasolina.
Na China, com aquele crescimento fantástico de 15% ao ano, só é possível graças a onipresença e onipotência do Estado. Pois, se o governo chinês decretar um tabelamento dos preços devido a uma inflação devido ao seu alto crescimento, os transgressores da política de preços do “partido” certamente será fuzilado.
No Brasil, o poder executivo não possui autoridade sobre a economia, sendo que nosso país fica refém de especuladores em geral. Só para lembrar, no tempo do crescimento alucinante da economia brasileira na época da ditadura, já recebendo um processo inflacionário da época de JK, conseguiu manter o país equilibrado somente pela força do decreto ditatorial, somente entregando os pontos na grave crise de proporções mundial na época da crise do petróleo. Mas a escolhambação da economia aconteceu mesmo na época da abertura política, onde o governo civil não tinha autoridade nenhuma mais sobre as pressões libertinas na ditadura.
O governo Obama, entendo, pode estar certo na intervenção direta na economia, a contra gosto dos liberais. Pois tal atitude garante a produção e evita o endividamento da sociedade, libertando os EUA da agonia de da grande depressão de 1930. Porém, muitos falam que os EUA terão uma dívida pública ainda maior. Mas isso é conversa fiaada, pois os credores dos EUA são as próprias corporações de petróleo, de armas, bancos, industrias farmacêuticas, de informática e etc no qual dominam o mundo e usam dos atributos do departamento de estado dos EUA a resolverem seus interesses.

Toledo, 19 de março de 2009-03-20

Rafael Unha de Oliveira
Acadêmico de história da Unipar – Campus Cascavel

segunda-feira, 16 de março de 2009

fundamentos filosóficos de uma sociedade insana

Vós, homens, como indivíduos, desenvolveis vossos sentidos pela luta social, pela auto-preservação e dais inicio, assim, à consciência de separação. Desde a infância que vos foi incutida a idéia de que sois uma entidade separada; e desta ilusão provem a divisão entre "vosso" e "meu", no que pensais e no que sentis, no que possuis e em todas as cosias. Daí surge também a idéia de que vos deveis tornar algo de grande no futuro e a de que fostes já algo no passado. Um contraste contínuo. E desta consciência separada surgem - cobiça, a inveja, o ódio, o sentimento de posse, a preocupação da vaidade, as alegrias passageiras, as tristezas transitórias e os transitórios prazeres. Esta é uma civilização grosseira baseada na competição, na qual cada um trata de si, sem benevolência, sem equanimidade. É um mundo de conflito, de corrupção, de contenda, que a seu tempo conduzirá à guerra.

Em virtude de tal entendimento de separatividade, o "Eu" torna-se todo poderoso; dessa consciência de separação nasce o medo. E onde quer que exista o medo, manifesta-se imediatamente o desejo de buscar o conforto, em lugar do entendimento que dissipa todo o temor. Pois o conforto adormece o vosso temor inato de perder vossa identidade separada.

O conforto produz tão somente um ajuste temporário, mas não uma harmonia e equilíbrio permanentes; produz um alivio imediato em vez de um entendimento compreensivo, contínuo; produz o adiamento do esforço, uma evasão contínua em lugar da luta para compreender no presente. Por causa desse temor, buscais o consolo no culto, na prece, no erguimento de imagens, por intermédio de ritos e cerimônias. Essa ilusão de separação vos leva à preocupação da morte, e do que vai acontecer no futuro, isto é, sobre se tereis de vos reencarnar e sobre o que haveis de ter sido no passado. Por outras palavras, são o passado e o futuro que empolgam o homem que se acha atemorizado; a compreensão do presente, nunca. Enquanto o presente não for compreendido, o futuro jamais vos proporcionará seu verdadeiro significado, pois que o futuro, na realidade, não existe.

Observe a maioria das pessoas, e verificareis que todas pensam que, por tornarem-se maiores, por ampliarem sua consciência, mediante uma série de experiências, pelo fato de retroceder, avançar e reencarnar, se estão aproximando cada vez mais da verdade. Para mim, essa concepção é inteiramente ilusória, pois a realidade, em sua inteireza, em sua plenitude, em sua riqueza, existe em tudo e, portanto, é eterna. O que é permanente, eterno em tudo, não pode progredir. O que denominamos progresso somente pode ser aplicado a determinado fato, não à realidade.fragmentos: Krishnamurti -

Palestra realizada em Londres - 1931 - Do livro: Coletânea de Palestras

sábado, 14 de março de 2009

O caminho espiritual da matemática

A descoberta da filosofia se da quando o estudante descobre que a filosofia é uma relação mística com o UNO. Essa concepção espiritual da filosofia não é aceita na comunidade intelectual em geral, por estarem, acredito, em dormência profunda em relação ao interesse pela verdade do ser.

Porém, ha muitas pessoas que se deram conta disso, e se embrenharam no estudo do ocultismo, ingestão de alucinógenos para o contato íntimo como “Apheirón”.

Acredito que o ocultismo ainda é uma visão imatura da filosofia. Primeiro porque a filosofia por se caracterizar pelo transcendental já se preocupa com o desvelamento oculto dos ser, que se mostra e se vela ao mesmo tempo.

É somente com o estudo da matemática que se caracteriza como uma busca espiritual pelo ser. É ela o firme fundamento da contemplação mística do transcendental. A matemática é a analise das verdades eternas, dos postulados de origem divina que é para sempre, imutáveis em qualquer dimensão e tempo.

Não estou dizendo que o puro ato do estudo da matemática seja o todo em si mesmo. Não, não, mas sim, que o estudo da matemática deve ser inicial a todos os outros estudos. Porém, a matemática não deve ser tida como autônoma das outras áreas do saber, mas as outras áreas como desdobramento matemático.

Ciências exatas e ciências humanas:

O público acadêmico comete sempre o crônico erro de entendimento ao dizer que existe uma separação entre ciências exatas e ciências humanas. A meu ver, não há separação nenhuma.

As ciências exatas trabalham com aquilo que é dado no mundo, e as ciências humanas, as possibilidades do que é dado acontecer no mundo. Uma é a sustentabilidade da outra que analisa o que realmente é o mundo.

A matemática é a essência das duas, porém, não é uma ciência. Pode existir uma ciência que estude a simbologia matemática, algo quase gramatical, mas a ontologia matemática não é uma ciência, mas um estado de espírito.

A Unipresença de Deus:

Para deixar mais concreto minha exposição sobre a espiritualidade do estudante de matemática, mostro um exemplo muito interessante. Há um Deus dos homens. Mas se um ser extra-terrestre viesse ao nosso planeta, e um de nós perguntássemos “o Deus do alien é o mesmo que o nosso?” . Com certeza, pois no universo podem haver infinitos mundos e estrelas, infinitos acontecimentos. Mas não pode haver infinitos infinitos. O infinito é um só para todos no infinito. O infinito é um, é o UNO.

O ser alienígena que aparece diante de nós possui o mesmo Deus então, pois o nosso Uno é o mesmo Uno dele, as nossas verdades matemáticas são as dele também. A matemática é a relação com o UNO no qual qualquer criatura do universo pode acessar e adorar.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Considerações sobre Isaac Newton

A filosofia se divide em duas grandes linhas, a dos místicos e a dos epistemólogos. Os primeiros discípulos conscientes ou inconscientes de Platão e os pitagóricos, e outros, da área de Aristóteles e Euclides.

Na Idade Moderna, com Descartes, um dos filósofos mais incompreendidos da história, lança os fundamentos da interpretação do mundo, análises e regras do método de como conhecer corretamente(Ao meu ver, em nenhuma diferença com a metafísica de Aristóteles).

O Aristotelismo entra com força na Europa, afastando os místicos cristãos sobre a influência do neo-platônico Sto. Agostinho.

Apesar das considerações místicas ainda serem bastante pertinentes, o mundo preferiu esquecer seus postulados em favor das proezas metafísicas da epistemologia.

Na Inglaterra da Época de Isaac Newton, a coisa não era diferente. Os ingleses aspiravam por mais fundamentos experimentais para finalidades práticas do que elucrubações místicas, surge o empirismo, se opondo a racionalidade quase platônica cartasiana.

Ora, Newton era Alquimista, e como tal, estava na ordem dos místicos e com certeza, na intimidade não compactuava com os dogmas cristãos ou qualquer outro sistema de crendices.

Porém, foi ele que ditou postulou as leis da física nas bases de Euclides, desprezando todos os mistérios que envolvem a entropia do Universo.

Newton, chefe do tesouro real e outros títulos políticos, da a entender a nós que seu trabalho se concentrava em resultados práticos a serem usados por seus país, deixando para de lado as reflexões sobre o Uno, que bem disse David Hume, se não podemos saber sobre a origem, então não importa perguntar sobre ele.

A física de Newton porém ganhou adeptos no mundo inteiro devido as proezas da ciência. Mas essa, enfim, encontrou seu limite diante as descobertas da física quântica que novamente retoma os problemas da filosofia grega antiga, no qual devemos escolher entre Aristóteles ou Platão.

Mas o mundo não está preparado filosoficamente a entender o mundo a luz da filosofia. O mundo está doente, histérico, insano em crendices, em postulados mal-entedidos, mal digeridos sobre método científico. O mundo produz conhecimento, mas não sabe exatamente o que produz.

A humanidade está tão insana que os conceitos científicos que são verdades transitórias valem quase como um dogma religioso. É proibido questionar os fundamentos da ciência. Por exemplo, é proibido questionar a viagem do homem a Lua. É proibido dizer que existem curas pelo poder da fé.

Sabe, pessoal, antes de estudarmos ciência, devemos estudar Aristóteles, e antes desse, Platão. Devemos conhecer as críticas de Aristóteles a Platão. Aí sim, poderemos fazer ciência e pensarmos a sua possibilidade.